Contrabando de ovos de papagaio vale 14 meses de prisão com pena suspensa
Mulher condenada pelo Tribunal de Lisboa.
A mulher foi condenada pela “prática de um crime de contrabando qualificado”.
A detenção ocorreu a 18 de Maio, quando a mulher proveniente do Brasil trazia 61 ovos de papagaio, embrulhados em papel e enfiados em meias, o conjunto todo enrolado à volta da cintura, por baixo da camisa.
“Cada ovo da espécie referida [Gradydicascalus brachyurius] tem o valor de mil euros”, refere o mesmo comunicado.
Os ovos de papagaio são um negócio de ouro para os traficantes de animais. Entre 2002 e 2004, foram apreendidos cerca de 90 ovos por ano em Portugal. Era apenas uma pequena amostra de um tráfico em larga escala. A investigação então lançada pela Polícia Judiciária, em conjunto com as autoridades aduaneiras e o Instituto Nacional de Conservação da Natureza e Florestas, concluiu que, só em Dezembro de 2003, terão entrado ilegalmente no país 3000 ovos de espécies cuja comercialização está proibida ou condicionada pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção – conhecida mundialmente pela sigla CITES.
A investigação levou ao desmantelamento de quatro redes de contrabando de espécies selvagens em Portugal. Sete pessoas foram condenadas a penas entre um ano e meio e quatro anos e meio de prisão.
Durante cinco anos a partir de 2004, não houve mais apreensões. Mas em 2009, a actividade recrudesceu. Nesse ano, houve um caso, em 2010 houve outro e em 2011 as autoridades fizeram seis apreensões, num total de 160 ovos.