Congresso aprova pagamento aos 800 mil funcionários que não podem trabalhar devido ao shutdown

Republicanos estão a aprovar decretos que abrem alguns departamentos do Governo federal americano.

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O Capitólio, sede do governo fechado da América Jonathan Ernst/Reuters

Trata-se do grupo de funcionários classificados como "não essenciais", cujo salário mensal só existe se houver trabalho - o pagamento dos outros não está em causa mas só o receberão quando voltar a haver Governo.

Noutros períodos em que o Governo esteve encerrado (por exemplo em 1995-96, era Bill Clinton Presidente), também foi aprovado o pagamento dos salários dos não essenciais e a votação também expressou o consenso de hoje - 407 votos a favor e zero contra.

Falta agora o Senado aprovar este pagamento, o que é considerado um dado adquirido mas não é ainda conhecido o momento em que o projecto de lei será levado a votação na câmara alta.

O Governo americano está encerrado porque o orçamento não foi aprovado pela Câmara de Representantes, onde existe uma maioria republicana que discorda da reforma do sistema de saúde do Presidente Barack Obama (democrata). Os republicanos fizeram saber que não haverá orçamento enquanto o Presidente não desistir do Obamacare, que alarga os cuidados de saúde estatais, tornando-se universais, e sem ele o Governo não tem verba para manter os seus departamentos a trabalhar.

Os analistas prevêem que seja um encerramento longo; o de 1995-1996 durou 21 dias não consecutivos.

O shutdown fez encerrar a maior parte dos organismos federais, de parques naturais e museus a departamentos de controlo da qualidade dos medicamentos e alimentos e de emissão de passaportes. A Câmara de Representantes está a votar projectos de lei que permitem a reabertura de alguns organismos federais, mas os democratas, que estão em minoria, já condenaram o que dizem ser "uma solução aos bochechos" e exigem a abertura de toda a estrutura do Governo federal.

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