CDU reforça peso em Setúbal
Comunistas ficaram muito perto de retirar o Montijo ao PS.
Foi uma vitória clara da CDU, que também esteve muito perto de ganhar a Câmara do Montijo, mas o PS acabou por segurar a presidência do município por uma escassa margem de 400 votos (PS – 28,59% e CDU – 26,02%), apesar de ter perdido a maioria absoluta.
Montijo e Sines, concelho que também passou a ter maioria PS, são agora os únicos municípios “rosa” num distrito onde a CDU não só reforçou as votações de há quatro anos, como também conseguiu segurar todos os municípios onde apresentou novos candidatos.
Nos concelhos de Almada, Seixal, Moita, Palmela e Santiago de Cacém, a CDU foi obrigada a apresentar novos candidatos, devido ao limite de três mandatos consecutivos para os presidentes de câmara, mas conseguiu vencer em todos com maioria absoluta.
No litoral alentejano, a CDU reconquistou ao PS as câmaras de Alcácer do Sal, com maioria absoluta de 53,55% (com quatro eleitos contra apenas três do PS), e de Grândola, com uma maioria relativa de 34,56% (três eleitos), tendo o PS sido relegado para a segunda posição, com 23,62% dos votos (dois eleitos).
No concelho de Grândola, foram ainda eleitos dois vereadores de dois movimentos independentes que também concorreram à presidência do município.
Em Santiago de Cacém, a CDU manteve a maioria absoluta (45,53%), mas em Sines foi o PS a conquistar aquele município pela primeira vez, e logo com maioria absoluta (51,97%).
A autarquia de Sines era governada há 16 anos por Manuel Coelho, autarca eleito como independente em 2009, mas que já tinha três mandatos realizados pela CDU, em 1997, 2001 e 2005, o que o impediu de apresentar nova recandidatura ao cargo.
Em Palmela, apesar da saída de Ana Teresa Vicente, a CDU obteve mais uma maioria absoluta (46,7%), com a candidatura de Álvaro Amaro a alcançar um total de cinco eleitos. O PS ficou com três lugares e a coligação PSD/CDS-PP apenas com um eleito.
Em Sesimbra, foi mais uma vitória tranquila da CDU (41,93%), que renovou a maioria absoluta (quatro eleitos), enquanto o PS garantia o segundo lugar (dois eleitos). A coligação PSD/CDS-PP ficou em terceiro (apenas um eleito).
Com alguma surpresa, o movimento independente liderado pelo sesimbrense Carlos Sargedas obteve mais votos (8,64%) do que o BE (5,51%), mas não conseguiu a eleição de nenhum vereador.
A CDU também renovou as maiorias absolutas nos concelhos do Barreiro (44,89%) e do Seixal (43,42%), onde ficou, praticamente, tudo na mesma, dado que CDU, PS e PSD mantiveram o número de eleitos que tinham anteriormente.
Em Alcochete, a CDU venceu com maioria absoluta (53,45%). Mal ficou o PS, que perdeu um dos dois vereadores que tinha anteriormente para o CDS-PP.
No concelho de Almada, o último a apurar os resultados finais, a saída de Maria Emília de Sousa (CDU) abriu uma janela de esperança aos partidos da oposição para estas eleições autárquicas, mas o candidato indicado pelo PCP, Joaquim Judas, não só venceu, como reconquistou a maioria absoluta para a CDU.
A CDU obteve 38,73% dos votos, aumentando de cinco para seis o número de eleitos da CDU, enquanto o BE averbava mais uma derrota eleitoral ao perder o único vereador que tinha conseguido eleger há quatro anos.
O PS, que alimentava a expectativa de ganhar as eleições tirando partido da saída forçada de Maria Emília de Sousa, não fez melhor do que manter os três vereadores que tinha, tal como o PSD, que também mantém dois eleitos na Câmara de Almada.