CDU atacou na campanha Governo e "rival" PS nos feudos habituais
Os antecipados “cortes” nas reformas e nas pensões, a ameaça “neo-liberal” sobre o Estado Social ou a urgência na aposta da produção nacional, em detrimento das “políticas de austeridade”, sublinhando-se que os socialistas “têm lá a sua assinatura”, não fogem de nenhum discurso do líder do PCP, que fez sempre questão de dizer que as pessoas da CDU “têm uma forma diferente de estar na política” para “servirem as populações e não a si próprias”.
Quase sempre nas suas zonas de conforto, a organizada e militante caravana da CDU, com a inevitável Carvalhesa, sempre ao vivo, ao toque de bombos e gaitas de foles, teve como pontos altos a arruada da Rua de Santa Catarina (Porto), o passeio e comício em Cuba (Beja), o quente concerto-comício no Lavradio e o contacto com a população da Baixa da Banheira (ambos no Barreiro).
Apenas com dia e meio a Norte - Viana do Castelo, Porto e Guimarães, e com incursões no Centro (Peniche e Marinha Grande) -, Jerónimo de Sousa foi repetindo as ideias base, maioritariamente junto de população mais sénior e manteve os objectivos prudentes de angariar “mais votos e mais mandatos”.
Em 2009, nas últimas autárquicas, a CDU conquistou 28 presidências de câmara.
Para os últimos dias de campanha, Jerónimo de Sousa aposta já esta quinta-feira ao almoço no tradicional bastião comunista do Couço (concelho de Coruche) e encerra a volta eleitoral da CDU em Loures, onde é candidato o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares.