Passos Coelho pede campanha de “esperança” e não de “eleitoralismo”
"Trabalho" e "consensos" integram a receita do primeiro-ministro para gerar "novos modelos". Campanha eleitoral começa oficialmente esta terça-feira.
“As pessoas sabem distinguir o que são promessas eleitoralistas e o realismo”, disse. Dirigindo-se ao candidato social-democrata, mas também a todos os presentes na sala, e em tom de brincadeira, Passos Coelho admitiu que esta é uma posição que não sabe se “rende ou tira votos”.
“Se nos interessa o nosso país, a nossa terra, o nosso município, não tenho dúvidas de que só temos a ganhar com este sentido de responsabilidade”, sustentou.
Num discurso virado para a economia, não fosse o candidato o seu ex-secretário de Estado da tutela, o líder do PSD acusou o anterior governo socialista de ser responsável pela situação de crise do país onde o défice era “varrido para debaixo do tapete por artifícios orçamentais”, mas que o “trabalho” e o “consenso” vão gerar “novos modelos”.
“Quando há dois anos assumimos responsabilidades governativas, sabíamos que tínhamos uma economia fechada, que representava apenas 35% das exportações e que era preciso avançar para um modelo mais competitivo”, recordou, salientando que foi com a ajuda do agora candidato que se chegou “a um novo modelo que é preciso consolidar”.
“Os portugueses precisam de acreditar numa esperança como não tiveram nos últimos anos”, sublinhou.
O início do discurso de Passos Coelho foi de agradecimento ao actual presidente da Câmara de Viseu e da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Fernando Ruas, por liderar, durante 24 anos, um concelho que “duplamente nos faz ter orgulho na herança autárquica do PSD”.
Ao candidato Almeida Henriques lembrou as tarefas que desempenhou, quer no Governo, quer na Assembleia da República, e que lhe proporcionaram mais valias e “são um bom ponto de partida para um mandato feliz”.