Autor de alguns dos filmes mais ocos dos últimos 20 anos (os Transformers e não só eles), Michael Bay aparece agora com promessas de “conteúdo” e “análise social”, com centro nessa celebração da vacuidade em que se tornou grande parte do “espectáculo” contemporâneo. Como se Bay, ele próprio, não tivesse passado uma carreira a celebrar o vazio... Mas nem essa ironia o filme aproveita, porque Bay filma tudo da mesma maneira, à base de efeitos sobre efeitos, e depois ainda mais efeitos, matando metodicamente qualquer interesse que o argumento pudesse conter. Fica o invólucro, com muito barulho e muita agitação, e finalmente significando nada (não necessariamente no sentido shakespeariano da expressão). Se Dá e Leva até parece, repetimos, parece, mais interessante do que os Transformers, por exemplo, isso vem por conta das personagens (e dos actores), levemente mais humanas do que os robôs gigantes dessa saga.
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