Alunos do MIT criam sistema de choques para evitar o Facebook
A ideia surgiu porque os dois investigadores descobriram que, juntos, desperdiçavam mais de 50 horas por semana no Facebook quando tinham teses de doutoramento para escrever
O problema é conhecido de muitos dos que trabalham em frente a um computador: as visitas mais do que frequentes ao Facebook, ao Twitter ou ao email podem ter efeitos devastadores na produtividade. Preocupados com o número de vezes que iam ao Facebook, dois investigadores do MIT criaram um sistema que dá pequenos choques quando o utilizador visita muitas vezes aquela rede social.
Apropriadamente chamado Pavlov Poke, o sistema pode ser adaptado a outros sites para além do Facebook e está sucintamente descrito nesta página. Essencialmente, uma aplicação detecta quando o utilizador visita repetidamente um site e activa um circuito que dá um pequeno choque na mão do utilizador, através de placas metálicas colocadas numa peça de apoio ao teclado do computador.
“O choque não é perigoso (achamos nós), mas é definitivamente mau o suficiente para chamar a atenção”, escreveu Robert Morris, um dos estudantes. “Funcionou? Não temos a certeza. Para ser verdadeiramente eficaz, provavelmente são precisas muitas exposições aos choques. Infelizmente, achámos que os choques eram tão aversivos que removemos o dispositivo pouco depois de o termos instalado”.
A dupla inventou também uma alternativa menos dolorosa, recorrendo a um site da Amazon chamado Mechanical Turk, onde é possível colocar vários tipos de tarefas que podem ser escolhidas e feitas por outras pessoas mediante um pagamento.
Neste caso, em vez do choque, quando o Facebook era usado demasiadas vezes, o sistema colocava automaticamente uma tarefa no Mechanical Turk para que alguém ligasse para o telemóvel do utilizador a gritar por este estar na rede social.
"É claro que isto é suposto ser uma piada", nota Morris num vídeo em que exibem o funcionamento do dispositivo.
A ideia surgiu porque os dois investigadores descobriram que, juntos, desperdiçavam mais de 50 horas por semana no Facebook quando tinham as respectivas teses de doutoramento para escrever. A página não especifica quanto tempo gastaram a desenvolver o Pavlov Poke.