CDS confia que metas estabelecidas para este ano serão cumpridas
“Esta execução vem em linha com o que tem sido a execução do ano e consideramos relevante que se continue a entender que esta execução é compatível com as metas anuais e isso é o mais importante, termos uma execução que cumpra as metas estabelecidas”, disse à Lusa João Almeida, numa reacção à síntese de execução orçamental de Julho, publicada hoje pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
Por outro lado, destacou o porta-voz do CDS, “é muito relevante que do ponto de vista da consolidação das contas públicas haja uma melhoria em relação ao ano passado. Ou seja, que o saldo, excluindo medidas temporárias, designadamente, receitas extraordinárias, esteja melhor este ano do que no ano passado por esta altura”.
“Naquilo que é estrutural, está a haver uma consolidação que é relevante”, enfatizou João Almeida.
Questionado sobre uma eventual descida dos impostos uma vez que, de acordo com a DGO, o Estado arrecadou mais de 19 milhões de euros em impostos até Julho deste ano, um aumento de 7,6% face ao mesmo período de 2012 e acima da estimativa do Orçamento Rectificativo, João Almeida considerou que “não faz sentido abordar estas questões no contexto de uma execução orçamental mensal”.
“Ainda é cedo para poder abrir esses cenários. São matérias para discutir no âmbito de exames regulares da troika ou em discussões orçamentais”, disse ainda João Almeida, sublinhando que “o CDS considera muito relevante que, logo que seja possível, possa reduzir-se a carga fiscal”.
Segundo dados hoje divulgados pela DGO o défice da Administração Central até Julho deste ano registou uma melhoria de 486,2 milhões de euros face ao mesmo período de 2012, excluindo as operações extraordinárias registadas até Julho de 2012.
De acordo com a síntese de execução orçamental de Julho, publicada hoje pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), o saldo da Administração Central situou-se nos -5520 milhões de euros, o que compara com um défice de 3384,5 milhões verificado no mesmo período de 2012, ou seja, uma deterioração superior a dois mil milhões de euros.
No entanto, estes valores estão influenciados por operações de carácter extraordinário que ocorreram nos primeiros sete meses de 2012 e que impedem a comparabilidade entre os dois períodos.