Moritz Erhardt, 21 anos, típico estagiário de um banco de renome que quer chegar longe no mundo financeiro. Mais de doze horas de trabalho, noites em branco, nada que a ambição em conseguir uma carreira de sucesso não supere. Mas no dia 15 de Agosto, a ambição terá perdido a batalha quando Erhardt, a estagiar no Bank of America em Londres, foi encontrado morto. Tinha trabalhado praticamente 72 horas seguidas, três dias, das 9h às 6h do dia seguinte. A relação entre a morte e o excesso de horas de trabalho está ainda a ser investigada. Enquanto não há conclusões tenta-se estabelecer responsabilidades. Erhardt foi demasiado ambicioso ou o banco foi negligente?
Este não era o primeiro estágio de Moritz Erhardt. O jovem alemão, que tinha sido estudante de intercâmbio na Stephen M. Ross School of Business, da Universidade de Michigan, já tinha estagiado na Morgan Stanley e no Deutsche Bank, entre outras instituições financeiras. A sua passagem de sete semanas pelo Bank of America Merril Lynch (BAML), em Londres, estava a dias de terminar. Quando morreu - o corpo foi encontrado na casa de banho do dormitório onde residida temporariamente -, tinha trabalhado três dias seguidos.
Até ao último dia de trabalho tinha deixado uma impressão muito positiva entre colegas estagiários e a empresa que o escolhera para mostrar o seu melhor. No seu blogue a confirmação de que queria ir longe. Afirmava ser “altamente competitivo e de natureza ambiciosa", características que terá alimentado devido às expectativas que a família tinha quanto ao seu futuro.
A causa da morte de Erhardt ainda não foi divulgada. A única informação dada aos jornalistas é que o jovem terá sofrido um ataque epiléptico e que estão a ser realizadas análises para determinar se estava sob efeito de alguma substância na altura da morte. A Scotland Yard, responsável pela investigação, confirmou, por sua vez, citada pelo Guardian, que a morte não está a ser tratada como suspeita.
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