Julgamento adiado para os seis homens acusados do roubo do Museu de Roterdão
Tribunal de Bucareste retoma os trabalhos a 10 de Setembro, mas os acusados já se ofereceram para chegar a acordo. O principal suspeito diz que revela onde estão cinco das sete pinturas roubadas em troca de um julgamento na Holanda.
A sessão do Tribunal de Bucareste foi suspensa até 10 de Setembro, noticiou a AFP, para que várias questões legais sejam analisadas.
Em Outubro, e em apenas três minutos, os homens levaram do Museu Kunsthal, em Roterdão, obras de Picasso, Monet e Gauguin, entre outros.
As pinturas integravam a exposição Avan-Gardes, comemorativa dos 20 anos do museu, que além de Vincent Van Gogh, Pablo Picasso ou Henri Matisse, incluía ainda trabalhos de Piet Mondrian, Marcel Duchamp, Karel Appel, Yves Klein e Lucian Freud.
De recordar que ao roubo, que terá acontecido de madrugada, se seguiu uma história rocambolesca que deixou sérias dúvidas sobre o destino das sete obras. Teme-se que algumas tenham sido destruídas pela mãe do principal suspeito, Radu Dogaru.
Na tentativa de evitar que o filho fosse apanhado com as pinturas, Olga Dogaru tê-las-á destruído – restos de tinta, de pregos e de madeira das molduras foram descobertos no forno da sua casa em Fevereiro. No entanto, até aqui os especialistas recusam-se a dizer se os vestígios que a polícia encontrou são ou não das obras roubadas do Kunsthal, avaliadas entre 100 e 200 milhões de euros.
Deste naipe de pinturas fazem parte Ponte de Waterloo, de Monet, Cabeça de Arlequim, de Picasso, Rapariga a Ler em Branco e Amarelo, de Matisse, e Mulher de Olhos Fechados, de Lucian Freud.
Ainda segundo a agência de notícias francesa, os advogados de defesa dos suspeitos – um dos acusados está ainda em fuga – anunciaram nesta terça-feira estar dispostos a chegar a acordo. Catalin Dancu, o advogado de Dogaru, disse que, em troca de um julgamento na Holanda, ele está disposto a entregar cinco das pinturas roubadas. Dancu nada disse sobre as outras duas.
Este foi o maior roubo de arte na Holanda desde que, em 1991, desapareceram 20 Van Goghs do museu do pintor em Amesterdão.