Rei de Marrocos anula perdão a pedófilo espanhol

Mohamed VI voltou atrás na decisão, depois dos vários protestos em Marrocos.

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O anúncio do perdão ao pedófilo espanhol gerou uma onda de indignação em Marrocos Reuters

O rei “decidiu retirar o perdão anteriormente concedido a Daniel Galván Viña", refere um comunicado publicado pela agência oficial MAP e citado pela AFP, evocando uma decisão de “carácter excepcional”. Segundo vários meios de comunicação, o homem libertado já deixou Marrocos, pelo que no comunicado é dito que o ministério da Justiça negociará com Madrid os passos a dar perante a revogação do perdão. 

Na sexta-feira houve um protesto, reprimido pela polícia marroquina, contra a decisão tomada na terça-feira pelo rei. Mohamed VI decidiu incluir um pedófilo no grupo de 48 presos espanhóis a quem concedeu perdão.

O recluso cuja libertação é contestada tem 64 anos e foi condenado em 2011 por violação e filmagem de onze crianças com idades entre os 4 e os 15 anos. Estava preso na cadeia de Kenitra, a Norte de Rabat.

Num comunicado lido no sábado à noite nas principais televisões do país, Mohamed VI declarou que não teria indultado um pedófilo condenado e se tivesse conhecimento da gravidade dos crimes. Mohamed VI anunciou a abertura de um inquérito para “determinar as responsabilidade e as falhas” que permitiram uma “lamentável libertação”. O inquérito deverá “identificar o ou os responsáveis desta negligência para que sejam adoptadas as necessárias sanções”.

Segundo o comunicado do palácio real, lido no sábado, Mohamed VI “nunca informado, em nenhum momento, da gravidade dos crimes abjectos pelos quais foi condenado” Daniel Galván Viña. “É evidente que nunca o soberano teria consentido” que “pudesse interromper o cumprimento da pena”, diz o comunicado.

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