Governo vende 12 caças F-16 à Roménia
Portugal tem actualmente 39 destas aeronaves. Alienação resulta do esforço de "racionalização" nas Forças Armadas.
Quando confirmou a intenção de alienação, já durante este ano, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, justificou a decisão com a "lógica de racionalização imediata", assegurando que o cumprimento de missões não seria afectado.
O Governo autorizou a realização de despesa na ordem dos 108,2 milhões de euros – “encargo a satisfazer pelas verbas inscritas no contrato de alienação” – para concretizar a venda. O Ministério da Defesa deverá agora arrancar com a actualização da configuração dos aviões, bem como facultar formação, treino e apoio logístico à Força Aérea da Roménia.
Estes 108,2 milhões de euros destinam-se precisamente a suportar a "preparação e a actualização da configuração das aeronaves, a formação, treino e apoio logístico inicial" assim como a "sustentação de uma equipa de apoio técnico" que assegurará o acompanhamento do equipamento, diz o comunicado do Conselho de Ministros.
De acordo com a agência noticiosa romena AgerPres, o Governo da Roménia aprovou há um mês o negócio da compra de 12 aviões de combate F-16 a Portugal por 628 milhões de euros, desenrolando-se o processo entre 2013 e 2017. Mas o gabinete de Aguiar-Branco nunca confirmou valores envolvidos no negócio.
Além desta dúzia de caças F-16, que Portugal tem à venda, encontram-se ainda para alienação oito helicópteros Puma e dez aviões C-212 Aviocar, na "situação de inibidas ao serviço e já abatidas ao serviço", refere o Relatório de Execução da Lei de Programação Militar de 2010, do Ministério da Defesa.
Notícia actualizada com os valores envolvidos no negócio citados pela agência noticiosa AgerPres.