A Bélgica tem um novo rei

Alberto II abdica depois de um reinado popular, contra as expectativas iniciais. Agora, as questões são sobre se estará Philippe preparado.

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O cumprimento habitual ao povo do novo rei, Philippe I e da nova rainha, Mathilde REUTERS/Yves Herman
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O novo rei, Philippe I David Stockman/AFP
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A passagem de testemunho coincidiu com 20º aniversário do reinado de Albert II Philippe Wojaze/REUTERS
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A nova rainha, Mathilde, ao lado do rei Albert II e da rainha Paola Vincent Kessler/REUTERS
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O novo rei, depois do juramento no Parlamento Vincent Kessler/REUTERS
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O rei Albert II deixa o trono por razões de saúde David Stockman/AFP
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Um "obrigado" na despedida de Albert II Michael Kooren/REUTERS
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As ruas encheram-se de bandeiras belgas AFP PHOTO/ JOHN THYS

Philippe fez o juramento nas três línguas oficiais da Bélgica – holandês, francês e alemão – no Parlamento, depois de Alberto assinar a sua abdicação, por razões de saúde: “Tenho reparado como a minha idade e a minha saúde não me têm permitido cumprir os meus deveres do modo de que gostaria”.

Na abdicação, Alberto II não escondeu, no entanto, alguma emoção. Dirigiu-se à sua mulher, Paola: “Queria simplesmente agradecer-lhe”, disse. E depois, saindo do discurso escrito: “E um grande beijo!”. Houve aplausos, Paola e a mulher de Philippe, a rainha Mathilde, não contiveram algumas lágrimas.  

Alberto II é o segundo monarca a abdicar: o primeiro foi o seu pai, Leopold III, suspeito de benevolência face à ocupação alemã na II Guerra.

Foi então o irmão de Alberto, Baoudoin, que assumiu a responsabilidade, e este rei, sem filhos, tinha preparado Philippe para lhe suceder. Mas quando morreu, tinha Philippe 33 anos, Alberto, a quem cabia a decisão de assumir o cargo, decidiu fazê-lo.

Apesar de não ter sido educado para ser rei, da sua vida amorosa encher as revistas cor-de-rosa e de estar associado ao jet set, Alberto acabou por ser um rei popular, tanto pelo seu papel durante o caso de pedofilia de Marc Dutroux, que deixou o país chocado, como mais recentemente pelo seu papel na paralisia política que o país viveu.

Curiosamente, coloca-se mais agora em relação a Phillippe, educado para o cargo, a questão de se estará pronto para ser rei. A timidez de Philippe, o sétimo rei da Bélgica, é a razão principal.

Poderá, no entanto, contar com a popularidade da sua mulher, Mathilde, 40 anos, a primeira rainha de origem belga da história do país, que desde o seu casamento com Philippe em 1999 se tornou um trunfo da monarquia.

“Philippe, tu tens todas as qualidades de coração e inteligência para servir muito bem o nosso país nas tuas novas responsabilidades”, disse Alberto II na cerimónia de abdicação na sala do trono do palácio real do Bruxelas. “Tu e a tua querida mulher Mathilde têm toda a nossa confiança.”

Philippe fez então o juramento no Parlamento no Parlamento, a algumas centenas de metros. Na Bélgica não há uma subida formal ao trono, porque não existe um trono, nem uma coroa, nem qualquer cerimónia religiosa de entronização do rei.

 

 

 

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