Alforrecas em São Miguel obrigam a alerta nos Açores

Foram registados casos de picadas sem gravidade especial nas zonas balneares de Água d'Alto, Ribeira Quente e Ilhéu de Vila Franca.

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Há várias espécies de medusas que parcem com frequência no arquipélago dos Açores DR

Numa nota de informação, a direcção regional dos Assuntos do Mar apela aos banhistas para que tenham especial atenção às orientações dadas pelos nadadores-salvadores, revelando que foram registados casos de picadas sem gravidade especial nas zonas balneares de Água d'Alto, Ribeira Quente e Ilhéu de Vila Franca.

A direcção regional prevê que este aumento do número de águas-vivas (tipo de medusas, mães d'água ou alforrecas) avistado em São Miguel seja resultado do movimento de massas de água de Oeste para Este, tendo em conta que o fenómeno foi observado antes nas ilhas dos grupos Central e Ocidental. A confirmar-se esta possibilidade, a concentração desta espécie deve reduzir-se nos próximos dias em São Miguel.

Apesar de não ser uma espécie perigosa, a água-viva, denominada cientificamente palagia noctiluca, provoca irritação e dor, pelo que é recomendado aos banhistas que evitem o contacto com a espécie.

Caso sejam picados pelas águas-vivas, os banhistas devem contactar os nadadores-salvadores, para que lhes seja aplicado um medicamento que alivie os sintomas. A direcção regional dos Assuntos do Mar recomenda ainda a colocação de vinagre ou água salgada sobre a ferida, acrescentando que a dor por ser reduzida com gelo.

Os banhistas que frequentam as zonas balneares dos Açores devem também ter atenção à caravela portuguesa ou Physalia physalis, variante da espécie, que, apesar de ainda não ter sido registada este ano, aparece com frequência no arquipélago e tem consequências mais graves.

Os tentáculos dos animais, com corpo flutuante rosa, podem chegar aos sete metros de comprimento e é recomendado que, em caso de contacto, os banhistas recorram de imediato aos serviços médicos.