A mesma fonte acrescentou que os banhos voltaram a ser desaconselhados, apesar de a interdição ter sido levantada na segunda-feira pela Agência Portuguesa de Ambiente (APA), por terem surgido novas queixas de irritação cutânea entre alguns banhistas.

A APA decidiu levantar a interdição por não ter estabelecido uma relação causal entre as situações de comichão relatadas por várias pessoas e a presença de microalgas nas águas. Mas agora decidiu voltar a desaconselhar os banhos, tanto na margem Sul do Tejo como no Estoril.<_o3a_p>

Em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) refere que, na sequência de relatos de reacções cutâneas pelos banhistas que frequentaram estas zonas balneares na quarta-feira, as águas continuam a ser regularmente monitorizadas, pelo que recomenda, “a título preventivo”, que sejam evitados banhos a Sul do Tejoe apela ao cumprimento das indicações dadas pelos nadadores-salvadores. <_o3a_p>

Quanto à praia de São Pedro do Estoril, concelho de Cascais, as restrições são mais ligeiras, advertindo a APA para que em particular os adultos com maior fundo alérgico e as crianças evitem banhos de mar e que, caso tomem, passem posteriormente o corpo por água doce.

Nesta quarta-feira à tarde, a Capitania do Porto de Lisboa mandou içar a bandeira amarela nas praias da Fonte da Telha e de São João da Caparica, em Almada, depois de terem surgido nesta quarta-feira à tarde novos casos de banhistas com sintomas de alergias na pele. A mesma medida foi tomada em S. Pedro do Estoril, na linha de Cascais, onde 12 pessoas, sobretudo crianças, apresentaram as mesmas queixas após banhos no mar.

Segundo o comandante Cruz Gomes, adjunto do capitão do Porto de Lisboa, foram detectados dezenas de casos durante a tarde. “Só na praia de São João houve 11 situações”, afirmou, acrescentando que ainda não estão contabilizados todos os casos. Na zona da Fonte da Telha, as queixas surgiram em “várias praias”.

Os sintomas são semelhantes aos apresentados por dezenas de banhistas nos últimos dias em diversas praias da Costa de Caparica e da linha de Cascais. Estes episódios levaram a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a recomendar que se evitassem os banhos. Inicialmente pensava-se que as alergias estariam de alguma forma relacionadas com o surgimento na água de microalgas em grandes quantidades, mas na segunda-feira o presidente da APA, Nuno Lacasta, disse que as análises não provaram qualquer relação causa-efeito.

De acordo com o comandante Cruz Gomes, a APA continua a fazer análises e deverá emitir um comunicado ainda nesta quarta-feira sobre a situação. Até novas orientações, a capitania recomenda especial cuidado sobretudo com as pessoas mais sensíveis, como crianças.