Greve geral na Grécia contra reformas na função pública

Paralisação convocada pelos dois principais sindicatos deve encerrar serviços públicos nesta terça-feira.

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Estações mais centrais do metro em Atenas estão encerradas devido à greve Yannis Behrakis/Reuters

Os planos para a reforma pública, essenciais para que a Grécia continue a ser financiada pela troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia), estão a ser analisados pelo parlamento. A votação está marcada para quarta-feira.

De acordo com a AFP, esta manhã os comboios não circulavam. Autocarros e eléctricos também não vão funcionar até às 18h00. O metro está a circular mas três estações do centro de Antenas estão encerradas devido ao desfile de manifestantes, previstos para o dia de hoje.

Com o encerramento inesperado da estação pública ERT e as dúvidas quanto à continuidade da ajuda financeira, o clima social e político na Grécia voltou a ser de tensão. Os ministros das finanças da zona euro aprovaram a nova trache do empréstimo no valor de 6800 milhões de euros (4000 milhões este mês), que está condicionada ao cumprimento das medidas de austeridade por parte de Atenas.

A proposta que será votada quarta-feira no parlamento prevê, até ao final do mês, a entrada num regime de mobilidade de 4200 trabalhadores da função pública durante oito meses. Se os funcionários recusarem, serão dispensados. As maiores preocupações estão na Educação e nos 3500 agentes municipais que terão de ser integrados no corpo nacional de polícia. Ainda esta semana, nas ruas de Atenas houve desfile de motas em protesto contra esta medida.

O slogan dos dois sindicatos (PAME e GSEE) que convocaram a greve nesta terça-feira é: “Não somos números, somos trabalhadores”.

A taxa de desemprego na Grécia voltou a aumentar em Abril e atinge 26,9% da população activa. Os últimos dados do instituto grego de estatísticas (Elstat) registam em Abril 1,34 milhões de desempregados, mais 24 mil do que no mês anterior e mais 194.746 do que um ano antes.

 

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