A nota interna aos trabalhadores foi divulgada depois da Impresa ter enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) um comunicado a dar conta das desistência, por parte da Ongoing, de todos os processos contra a Impresa, os seus administradores e várias empresas do universo empresarial de Pinto Balsemão.

Na comunicação aos trabalhadores, a que o PÚBLICO teve acesso, o presidente e maior accionista da Impresa refere que “ao longo dos últimos anos, e em particular após a Assembleia Geral de 19.04.2011, a Impresa e seus jornalistas tornaram-se alvo privilegiado de uma guerra judicial por parte da empresa Ongoing”.

“Foram vários os processos intentados contra nós, pelas mais diversas razões. Para não vos maçar com uma extensa lista e uma complicada linguagem jurídica, digo-vos apenas que totalizaram 7 (sete!) os processos movidos, visando desde a suspensão das decisões da nossa Assembleia Geral, à substituição de toda a Comissão Executiva por um representante nomeado pela Ongoing, ou a um pedido de indemnização ao EXPRESSO e ao seu director adjunto Nicolau Santos, etc”, refere a nota.

Adianta que os pedidos de indemnização “formulados pela Ongoing  atingiam ao todo mais de uma centena de milhões de euros (...)”.

“Esta persecutória campanha judicial, que originou um rol de notícias em toda a imprensa - com a repetição até à exaustão de títulos como “Ongoing processa Impresa” - autodestruiu-se a pouco e pouco. Um a um, a Ongoing perdeu em todos os tribunais os processos e recursos que apresentou contra nós e que foram sendo decididos”, refere, acrescentando que “a desistência da Ongoing em todos os processos e recursos mostra claramente quem tinha razão”.  

“ A Impresa foi vítima, durante estes últimos anos, de uma ofensiva que visava claramente a degradação da imagem do nosso Grupo, da minha pessoa e dos nossos jornalistas. Como fica provado, a estratégia não resultou. O espírito persecutório da Ongoing tentou destruir valor na Impresa. Escrevo “tentou” porque, claramente, não conseguiu. Não iniciámos esta guerra, mas soubemos vencê-la. Soubemos vencê-la de uma forma séria e civilizada, nos locais apropriados, neste caso os tribunais”, refere a nota de Francisco Pinto Balsemão.