Jerónimo de Sousa acusa PS de estar do lado da política de direita
"O PS tem o direito e a liberdade de se juntar com quem quiser, não pode é pedir ao PCP que se junte àqueles que realizaram esta política de direita que tanto mal fez ao nosso povo", disse o secretário-geral comunista, num almoço convívio em Secarias, no concelho de Arganil.
Num comunicado emitido ao início da tarde, o PS manifestou disponibilidade para se reunir, a partir das 16h deste domingo, "com todos os partidos políticos que concordem com os três pilares propostos pelo Presidente da República, incluindo a realização de eleições antecipadas em Junho de 2014".
"Ai o PCP não quer vir connosco, então vamos nós fazer essa negociação. Ao menos tenham a dignidade de assumir que estão mais para lá do que para cá, que estão mais com a política de direita e não é, por acaso, que assinaram o pacto de agressão", desafiou Jerónimo de Sousa.
O dirigente do PCP criticou ainda os socialistas de "sempre, mas sempre" preferirem estar aliados "à política de direita, do que com uma política de esquerda, patriótica, ao serviço dos trabalhadores e do povo".
Na sua intervenção, o líder comunista acusou também o Presidente da República de, "percebendo que ia tudo ao fundo em termos de política de direita", passar de cúmplice do Governo a "promotor das políticas de direita".
"Se PSD e CDS já não são capazes de prosseguir essa política de direita, como é que hão-de fazer? E aqui Cavaco Silva deu um nó ao PS: vocês que assinaram o memorando da troika não podem continuar com um pé dentro e outro fora, têm de vir para aqui", frisou Jerónimo Sousa.
Para o secretário-geral do PCP, "Cavaco Silva não quer a salvação nacional, quer, quando muito, salvar as políticas de direita com a direita e o PS".