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Pressão europeia sobre Cavaco

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Cavaco Silva Daniel Rocha

O Presidente da República Cavaco Silva não estará em Berlim mas será figura omnipresente, num encontro que servirá para Passos Coelho perceber qual a margem de manobra externa que resta ao país, sobretudo perante os seus credores.

Depois da surpresa dupla das demissões de Vítor Gaspar e Paulo Portas, fontes diplomáticas europeias admitem que perante uma situação que consideram de emergência, cabe agora a Cavaco Silva ter uma palavra decisiva para a saída da crise. Durão Barroso não deverá, aliás, pronunciar-se publicamente sobre a situação portuguesa antes de falar com Cavaco e saber o que este tenciona fazer.

Os recados que chegavam ontem ao fim do dia a Lisboa apontam para uma Europa disposta a negociar condições que suavizem a austeridade imposta aos portugueses e que evitem um cenário de eleições antecipadas e, pior, de uma "nova Grécia". Merkel deverá ser categórica quanto a estes mesmos recados.

Ontem, o gabinete Durão Barroso dizia que este acompanhava "a situação em Portugal com muita preocupação".

Na declaração no final da tarde de ontem em que anunciou a recusa da demissão de Portas e a manutenção do Governo em funções, Passos Coelho defendeu que a clarificação que ia fazer junto do CDS é "fundamental para manter a credibilidade e confiança internacionais" do país.


 

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