A chegada a Calvi, depois de 145km com partida de Ajaccio, dificilmente poderia ter sido mais emotiva. Primeiro foi Simon Clarke (Orica) a tentar a fuga; depois um quarteto constituído por Pierre Roland (que manteve o estatuto de líder da montanha), Nieve Iturralde, Sylvain Chavanel e Peter Nordaugh; por último Tom Dumoulin.

A 3,4km da meta, porém, todas as tentativas de fuga tinham ido montanha abaixo e o pelotão agarrava a frente da corrida. Aí, a estratégia da Orica bateu a da concorrência, especialmente quando Daryl Impey decidiu levar atrás de si Simon Gerrans para o sprint final.

O único capaz de responder à letra foi Peter Sagan (Cannondale), que foi na roda de Gerrans e discutiu ao milímetro o triunfo na etapa. Ao cortarem a meta, olharam um para o outro e esperaram que a dúvida fosse desfeita pela organização.

Triunfo para o australiano, segundo lugar - pela segunda vez consecutiva - para o eslovaco, que se destaca cada vez mais na classificação por pontos.

"A equipa fez um trabalho fabuloso. Tínhamos planeado ser ofensivos e o grupo trabalhou muito bem para mim no sprint. Fui capaz de aguentar no final frente a alguns dos corredores mais rápidos do pelotão", resumiu Gerrans, de 33 anos.

Foi ele a figura do dia, mas o líder da Volta à França continua a ser o belga Jan Bakelants (RadioShack), que se aguentou firme no pelotão e soma agora 12h21m27s. O francês Julien Simon (Sojasun) surge logo a seguir, com mais um segundo, enquanto Gerrans aparece logo a seguir.

"A equipa controlou sempre a etapa. Tudo decorreu como planeado. No final, foi difícil, porque parecia bem mais alto do que parecia. Foi um belo dia para mim", resumiu o camisola amarela. "Vamos tentar aguentar-nos, mas há outras equipas especialistas", referiu a propósito da etapa de terça-feira, um contra-relógio colectivo.

Entre os portugueses, Rui Costa (Movistar) terminou em 59.º lugar e ocupa o 54.º posto da classificação geral, enquanto Sérgio Paulinho (Saxo-Tinkoff) foi 144.º nesta etapa (a 8m26s) e é 115.º.