Cheias na Índia fazem quase 600 mortos

Cerca de 63 mil pessoas estão isoladas. Número de vítimas deverá subir.

Muitas pessoas, sobretudo peregrinos, estão em zonas isoladas
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Muitas pessoas, sobretudo peregrinos, estão em zonas isoladas Danish Siddiqui/Reuters
Centenas de pessoas protegem-se da aterragem de um dos helicópteros de salvamento
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Centenas de pessoas protegem-se da aterragem de um dos helicópteros de salvamento Danish Siddiqu/Reuters
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Um sobrevivente pede a um soldado que o deixe entrar no helicóptero REUTERS/Danish Siddiqui
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Uma estátua do Deus Hindu, Shiva, não resistiu à força das águas do rio Ganges REUTERS/Stringer
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Milhares de pessoas continuam desaparecidas REUTERS/Stringer
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Várias pontes e estradas desabaram, e as chuvas deixaram aldeias inundadas AFP PHOTO / INDIAN ARMY
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O primeiro-ministro, Manmohan Singh, já ofereceu apoio às famílias afectadas REUTERS

As equipas de salvamento travam, neste sábado, uma verdadeira batalha contra o tempo, tentando salvar as pessoas que ficaram isoladas devido às inundações e aos deslizamentos de terras. De acordo com o cenário descrito pelas agências noticiosas, há muitos corpos a flutuar nas águas do rio Ganges (o maior do país e sagrado para os hindus), que as autoridades estão a tentar resgatar.

As estimativas apontam para que cerca de 63 mil pessoas estejam em zonas isoladas, na sua maioria turistas e peregrinos que estão no estado de Uttarakhand. Aliás, as autoridades cancelaram as peregrinações a esta zona, onde existem inúmeros templos e locais de culto. Uttarakhand é chamado “o estado dos deuses”.

“Já recuperámos 575 corpos, mas o balanço ainda vai aumentar. Estimamos que estejam 62.790 pessoas isoladas”, disse à AFP o ministro do Interior de Uttarakhand, Om Prakash. A Reuters adianta ainda que o país está a tentar reforçar o número de comboios para poder levar os turistas mais rapidamente de volta a casa.

Várias pontes desabaram e as chuvas deixaram aldeias inundadas, casas destruídas e muitas estradas danificadas. Partes de um templo hindu em Kedarnath foram arrastadas e um santuário foi submerso pela lama ainda durante a última semana.

O ministro adiantou também que há uma equipa de sete médicos e outros profissionais a caminho de Kedarnath, um dos principais lugares de peregrinação. Dezenas de helicópteros e milhares de soldados foram também requisitados para as operações de salvamento.

A televisão local tem mostrado imagens de paraquedistas a saírem dos helicópteros para conseguirem ajudar a salvar as pessoas que estão em zonas isoladas e também para distribuírem água e alimentos. Só que em muitas zonas a vegetação é muito densa, o que está a dificultar os trabalhos.

Segundo o Indian Express, as equipas dispõem de apenas 48 horas até uma nova intempérie obrigar a interromper as operações. De dia para dia crescem também as acusações aos serviços meteorológicos indianos, por não terem alertado atempadamente para a vinda da monção duas semanas antes do que é habitual.

O primeiro-ministro, Manmohan Singh, já anunciou que cada família que tenha perdido alguém nesta catástrofe receberá 200.000 rupias indianas, o que equivale a pouco mais de 2500 euros. Os feridos receberão 50.000 rupias, diz a Reuters. Quem perdeu a casa receberá 10 milhões de rupias (cerca de 127 mil euros).

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