Candidato do Partido Trabalhista quer Porto “capital de Portugal”
José Costa Pereira prefere não revelar garantiu outras “linhas de rumo” da sua candidatura, para “não dar trunfos aos adversários”. “Já usaram duas ou três ideias que eu lancei”, lamentou.
“Quero que um dia o Porto seja a capital de Portugal. Capital da cultura, da arte, do bem-estar, até chegarmos à capital na verdadeira acepção da palavra. Acho que não devemos depender das ordens que vêm não se sabe bem de quem”, disse o candidato à agência Lusa, antes da apresentação formal da sua candidatura.
A proposta de Costa Pereira é “que o Porto seja uma cidade independente” e que os políticos “que não governam” sejam “varridos completamente" da sociedade, onde "estão a mais”. “Os outros candidatos estão presos aos partidos, a única coisa que me prende são as pessoas. Estamos fartos de centralismos. Estou farto de ver pessoas a padecerem na nossa cidade. Não há uma política para as pessoas, só para o elitismo. Estou aqui para quebrar as linhas que foram impostas durante décadas a esta cidade”, afirmou.
Costa Pereira assegurou que a intenção de transformar o Porto em capital de Portugal “não é só falar por falar”. O Porto tem um poder brutal. A capital é Lisboa, mas o Porto é uma Nação. No Porto temos uma capacidade muito forte para poder fazer algo, as pessoas não estão bem a ver a força dos tripeiros. Está muita coisa a mudar”, afirmou.
Costa Pereira garantiu que a sua candidatura tem “linhas de rumo”, mas não as quis revelar para “não dar trunfos aos adversários”. “Já usaram duas ou três ideias que eu lancei”, lamentou.
Explicando que a candidatura nasceu “de um grupo completamente independente”, o MIP - Movimento Independente do Porto Histórico, Costa Pereira notou que o PTP achou que o mesmo devia “ter uma voz diferente”. “Deram-nos [o PTP] essa possibilidade. Continuamos com as nossas ideias, mas as ideias deles tocam muito nas nossas”, esclareceu.
A 10 de Junho, o PTP anunciou que o candidato independente à Câmara do Porto, Orlando Cruz, apresentado dois dias antes, tinha abandonado a corrida à autarquia alegando “razões de natureza particular”. A sucessão de Rui Rio na presidência da Câmara do Porto é disputada por Luís Filipe Menezes (PSD), Manuel Pizarro (PS), Rui Moreira (independente), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE) e Nuno Cardoso (independente).