Os “Star Treks” de cinema nunca interessaram a ninguém a não ser aos trekkies. Quando JJ Abrams fez o reboot à série a coisa saiu suficientemente engenhosa e desempoeirada para ser pelo menos um exercício de ficção científica com um sentido inteligente do espectáculo, mas que ser Star Trek ou não ser ia dar basicamente ao mesmo. Essa frescura desapareceu completamente da sequela, objecto rotineiro (rotina em grande escala, mas rotina na mesma) que banaliza as personagens e se perde em efeitos, e francamente tão mais pueril quanto insiste no lado “adulto” das suas personagens. JJ Abrams confirma que tem o pior de Spielberg (uma atracção juvenil pelo brinquedo) sem ter o melhor (talento e, embora ele, Spielberg, o faça por esquecer demasiadas vezes, universo).
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