Angolanos nos grandes media portugueses embora com quotas minoritárias
A Newshold, participada da empresa offshore Pineview Overseas registada no Panamá e que pertence à família de Álvaro Sobrinho, tem uma quota de 15,08% na Cofina, dona do diário líder de vendas, o Correio da Manhã, que agora tem também o canal CMTV, assim como o Jornal de Negócios e a revista Sábado, entre outros títulos. Tem cerca de 97% do semanário Sol — onde entrou comprando a participação do Millennium bcp, e gere a publicidade do diário i.
A Newshold tem ainda 1,7% da Impresa de Francisco Pinto Balsemão, proprietária, entre outros meios, da SIC (que tende a bater-se pela liderança de audiências com a TVI), do semanário líder Expresso e da Visão, além de diversas revistas.
Em Dezembro, a Newshold assumiu ser candidata à compra ou concessão da RTP, se fosse esse o plano do Governo, mas a opção do executivo foi, por enquanto, de reestruturar o serviço público de rádio e televisão.
Foi nessa altura, e por se ter levantado alguma polémica devido ao desconhecimento dos verdadeiros donos da Pineview, que o empresário angolano Álvaro Madaleno Sobrinho sentiu necessidade de anunciar, em comunicado publicado no Sol, que a companhia pertence à sua família.
No início do ano passado, a histórica produtora cinematográfica Tóbis foi vendida pelo Estado português, por quatro milhões de euros, à empresa alemã mas de capitais angolanos Filmdrehtsich Unipessoal Lda.
Há duas semanas, a Prisa, dona da TVI, anunciou que vendeu ao grupo luso-angolano Masemba três revistas — Lux, Lux Woman e Revista de Vinhos. A Masemba é uma parceria constituída pelas produtoras angolana Semba — que assim se estreia na imprensa — e portuguesa Até ao Fim do Mundo.
Ainda na área dos media, mas na distribuição, a filha do Presidente angolano, Isabel dos Santos, que controla 28,8% da ZON, vai, com a Sonaecom (dona do PÚBLICO), fundir a ZON e a Optimus.