Desenvolvimento Regional e Agricultura asseguram coordenação política do novo QREN
Esta alteração decorre do facto do próximo quadro abranger cinco fundos, juntando aos actuais fundos de coesão (Fundo de Desenvolvimento Regional (FEDER), Fundo de Coesão e Fundo Social Europeu (FSE)), o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP).
A arquitectura dos programas operacionais para o ciclo 2014-2020 e as principais linhas de intervenção dos fundos europeus estruturais estão definidas numa resolução do conselho de ministros publicada a 20 de maio que estipula também a quem compete a programação e negociação dos programas.
A estrutura operacional está dividida em quatro programas operacionais (PO) (competitividade e internacionalização; inclusão social e emprego; capital humano; sustentabilidade e eficiência no uso de recursos), cinco PO regionais para o Continente (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) e mais dois para as regiões autónomas.
O documento salienta que deve ser reforçada a coordenação e integração entre fundos comunitários e que este reforço passa pela definição de um modelo de governação que assegure uma articulação eficaz entre a aplicação dos diversos fundos e políticas públicas estruturais.
“A complementaridade da intervenção do FEADER e FEAMP com os fundos da política de coesão é assegurada por forma a garantir que não existem nem sobreposições de elegibilidades nem investimentos prioritários excluídos do acesso aos fundos, não obstante a impossibilidade regulamentar de programação conjunta”, acrescenta o diploma.
A elaboração das propostas de PO a submeter ao Governo e a posterior articulação da negociação com a Comissão Europeia vai estar a cargo de um grupo de trabalho (GT 2020) que integra o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional e oito representantes de vários ministérios.
A entrada em pleno funcionamento dos instrumentos de programação 2014-2020 está dependente dos calendários de negociação e aprovação da regulamentação comunitária.