Oito minutos bastaram para o Sporting afundar de vez o Beira-Mar
Os “leões” alcançaram, em Aveiro, a maior goleada da época na I Liga, com golos de Wolfswinkel e Adrien, no último jogo de Jesualdo Ferreira como técnico “leonino”. A equipa da casa não evitou a despromoção.
A história do jogo conta-se praticamente em três lances, todos eles dentro da casa dos 20 minutos.
Aos 22’, Nuno Lopes carrega Carrillo na área e Adrien mostra como se marca uma grande penalidade; aos 28’, Miguel Lopes desce pela direita, descobre Wolfswinkel no lado contrário e o holandês, com frieza e classe, domina e dispara com eficácia; aos 29’, o ponta-de-lança surge isolado, tira Rui Rego do caminho e atira sem oposição para a baliza.
Ainda Costinha, sentado no banco, repunha as peças no tabuleiro após o 0-2 e já o Beira-Mar elevava para três o número de golos sofridos.
Um golpe demasiado profundo nas aspirações de uma equipa que precisava desesperadamente de vencer (e de uma conjugação favorável de resultados noutros dois estádios) para começar a pensar em 2013-14 ao mais alto nível.
Ao intervalo, três mexidas de uma assentada na equipa da casa. Entram Tonel, Dias e Abel Camará, saem Nuno Lopes, Fleurival e Serginho.
Em clara desvantagem no marcador, frente a um Sporting que havia feito três golos em quatro remates à baliza, o Beira-Mar tentava reeguer-se.
Aos 69’, Ruben Ribeiro deu um ar da sua graça, com um remate colocado depois de uma falha de marcação dos centrais leoninos. Mas o 1-3 estava longe de se aproximar sequer das necessidades pontuais dos aveirenses e, apesar de uma maior pressão, o Sporting foi sacudindo sempre com relativa facilidade os solavancos atacantes do adversário.
No contra-ataque, os “leões” nem sempre tiveram discernimento para explorar os espaços proporcionados pelo forcing aurinegro, mas o 1-4 chegou mesmo, aos 89’, pelos pés de Adrien (o único médio da equipa a fazer dois golos num jogo da Liga esta época), com um remate colocado já dentro da área.
Era a despedida da equipa (e de Jesualdo Ferreira, que neste domingo tornou oficial a saída do clube) com a maior goleada da época, que atirou o Beira-Mar para II Liga com a defesa mais batida da prova (55 golos), lado a lado com a do V. Setúbal.