Líder da CGTP espera multidão na concentração de dia 25 em Belém

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Arménio Carlos é o líder da CGTP. Nuno Ferreira Santos

"Estamos convictos que vamos juntar uma multidão em Belém. E é uma multidão que estará em Belém não numa perspectiva de resignada, mas numa perspectiva interveniente e numa visão que passa muito pela importância da democracia participativa", disse hoje Arménio Carlos à agência Lusa, na Guarda, onde participou numa iniciativa da União dos Sindicatos local.

Segundo o líder da CGTP-IN, a concentração a realizar junto da residência oficial do Presidente da República, será uma oportunidade para os trabalhadores e outras camadas da população "manifestarem a sua oposição" à política do actual Governo.

A iniciativa permitirá "fazerem ouvir a sua voz em Belém na exigência do fim do memorando [da ‘troika'], do fim da política de direita, da demissão deste Governo e da convocação de eleições antecipadas", disse.

"Para que o povo faça escutar a sua voz, porque o senhor Presidente [da República] falava ainda recentemente que é preciso escutar o povo", justificou.

"Veremos se escuta ou se não escuta o povo em relação àquilo que é um sentimento generalizado, que varre o país de que não há perspectivas de futuro para o país e para aqueles que vivem e trabalham em Portugal com esta política", declarou.

Está em causa "alterar" as actuais políticas governativas ou "continuar a ser fustigados com propostas e com medidas que se vão sucedendo umas às outras, sempre na mesma lógica de mais austeridade e mais sacrifícios", segundo Arménio Carlos.

O líder da CGTP referiu que a concentração servirá para os trabalhadores e os portugueses "manifestarem a sua mais veemente oposição" ao "brutal pacote de austeridade que está em desenvolvimento".

A proposta do Governo, "para além de promover a destruição do emprego promove, também, o aumento do desemprego, a redução dos salários e é um ataque sem precedentes ao Serviço Nacional de Saúde, à Educação e à Segurança Social", acrescentou.

Para Arménio Carlos, os trabalhadores "têm que demonstrar o seu mais profundo descontentamento com aquilo que se está a passar em Portugal", explicando que a política do Governo "já provou, ao fim de 23 meses, que não resolve, antes agrava todos os problemas do país".

Na passagem pela Guarda Arménio Carlos também defendeu a necessidade de serem promovidas políticas de desenvolvimento do interior do país.

"Não pode haver coesão económica e social do país se não houver um equilíbrio entre todas as regiões", observou.

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