Menino norte-americano mata acidentalmente irmã de dois anos com uma arma

Rapaz de cinco anos disparou acidentalmente com uma espingarda que lhe tinha sido oferecida no último aniversário.

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Autoridades lembram a tradição de começar desde cedo a usar armas MCT

Stephanie Sparks estava a arrumar a cozinha na terça-feira, enquanto o filho Kristian brincava com a espingarda que tinha recebido no ano passado. A mãe ausentou-se durante cerca de dois minutos até à varanda da casa quando ouviu um disparo. Kristian tinha atirado sobre Caroline. O óbito foi confirmado no hospital local.

O médico legista do condado de Cumberland, Gary White, contou ao Washington Post que a família disse não saber que a arma da criança estava carregada. “Aqui, no Kentucky, as armas passam de geração em geração. Começamos ainda novos a ter armas para caçar e tudo mais”, admitiu o responsável ao jornal. O que não é habitual, sublinha, é que “uma criança seja alvo do disparo de uma”.

A polícia local confirma que o caso foi considerado um acidente e arquivado. Billy Gregory, da polícia estatal do Kentucky, também sublinha em declarações à CNN que o contacto de crianças com armas começa cedo naquela região. “Nesta zona do país, não é invulgar uma criança de cinco anos ter uma arma ou um pai passar a sua ao seu filho”.

Neste caso, a espingarda oferecida a Kristian é o modelo My First Rifle (a minha primeira espingarda), fabricado pela empresa Crickett. Trata-se de um modelo feito especialmente para crianças, disponível em várias cores, e muito popular em alguns estados norte-americanos.

Crianças com armas é “muito comum”, reforça ao Washington Post o juiz executivo do condado de Cumberland. “É um tipo de vida normal e não é apenas no Kentucky rural e na América rural. Começa-se muito novo a caçar, a disparar e a fazer pesca desportiva”, argumenta John Phelps.

Este acidente acontece num momento em que a Administração de Barack Obama tenta aumentar o controlo sobre o porte de armas. Mas a tarefa não tem sido fácil para o Presidente. Em Abril último, o senado norte-americano rejeitou uma medida que visava alargar a verificação de antecedentes criminais dos compradores de armas. Entre as medidas que Obama gostaria de ver aprovadas, mas que foram entretanto abandonadas, estavam as vendas a particulares de armas e prendas entre familiares e amigos.

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