O Boyle espalha-brasas do costume, alinhando uma sucessão de efeitos & acontecimentos que não querem dizer nada nem chegam a ser coisa alguma, mas enchem o olho (e o ouvido) de maneira a que tudo pareça grande “espectáculo”. Para Boyle o cinema é uma permanente cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, onde a quantidade de estímulos prevalece sobre a sua inteligência: desde que pareça que alguma coisa está a acontecer, tudo bem. Adianta pouco acrescentar que o filme se auto-destroi nessa agitação, sufocando qualquer hipótese de algo tão simples como uma narrativa conseguir ser interessante por si própria. Não desce às profundezas de outros “clássicos” da filmografia boyleana (o Slumdog, por exemplo), mas é tão entediante como.
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