Willem já é rei da Holanda
"Querida mãe, hoje abdicaste do trono. Foram 33 anos emocionantes e intensos", disse o novo monarca.
Há mais de 100 anos que a Holanda não tinha um rei e a Praça do Museu, em Amesterdão, estava repleta para ver a nova família real: Willem, a mulher nascida na Argentina, Máxima, e as três filhas do casal, sendo a mais velha, Amália, agora princesa de Orange e herdeira do trono.
É o mais novo rei da Europa, com 46 anos, e o primeiro da nova geração de herdeiros a chegar ao trono depois de se casar com uma plebeia, uma tendência que é apontada como um dos maiores passos na modernização das monarquias europeias.
Para assinalar a assinatura da lei da abdicação, e para que o povo na praça soubesse que estava concluída, a bandeira foi descida e de novo hasteada. Willem
seguiu para a varanda, onde fez um curto discurso, depois de Beatriz, a mãe e agora princesa, o apresentar como rei."Querida mãe, hoje abdicaste do trono. Trinta e três anos emocionantes e intensos. Em meu nome e da rainha, e em nome de todos vós, agradeço o apoio e a confiança que recebi de si", disse o rei Willem. Depois, com a multidão na praça, cantou o hino holandês (de mão dada com a mãe que sai do trono com uma taxa de aprovação de 70%).
Beatriz retirou-se, então, da varanda e surgiram as três filhas de Willem e Máxima.
Mais tarde, haveria uma cerimónia mais formal e uma festa. Foi para ela que chegaram, na segunda-feira, centenas de convidados, entre eles outros herdeiros: Felipe e Letizia de Espanha, Naruhito e Masako do Japão, Carlos do Reino Unido e Camila, duquesa da Cornualha, e membros das famílias reais da Bélgica, do Brunei, da Dinamarca, da Jordânia, do Mónaco, da Noruega, do Qatar, da Tailândia.
Willem fará um juramento de fidelidade à Constituição e membros do Parlamento estarão presentes. As medidas de segurança são apertadas, com o espaço aéreo de Amesterdão fechado e 12.500 polícias na rua.
Beatriz cumpriu a "tradição" holandesa de abdicar. Porém, esta tradição não é assim tão antiga – os especialistas chamam-lhe "abdicações modernas", porque começaram no século XX.