Mais um golo nos instantes finais mantém Sporting na rota da Europa
Um golo a abrir e outro a fechar o encontro chegaram para os “leões” voltarem às vitórias no campeonato. Nacional deu boa réplica no segundo tempo e esteve perto de sair de Lisboa com um empate.
A derrota no derby da Luz (2-0), na última jornada, não afectou os “leões”, que regressaram aos triunfos. Mas tiveram, mais uma vez, de sofrer para serem recompensados com a estrelinha da sorte na recta final. Tal como aconteceu com o Sp. Braga e o Moreirense, quando o golo da vitória surgiu já nos descontos.
Apostando na estabilidade na equipa titular, Jesualdo Ferreira só apresentou uma alteração em relação à equipa que defrontou o Benfica. E mesmo essa foi forçada. Eric Dier lesionou-se no Estádio da Luz e coube a Adrien render esta jovem promessa da Academia no meio-campo, remetendo o holandês Schaars para o banco. De resto, tudo igual, com Bruma a recuperar dos problemas físicos que o condicionaram durante a semana e a integrar o lado direito do tridente atacante “leonino”.
E seria precisamente a mais sonante promessa da formação do clube a desequilibrar os instantes iniciais e finais do encontro. Apareceu, logo aos 5’, mas deixou-se antecipar pelo guarda-redes nacionalista, instantes antes de construir a jogada para um grande golo de Capel. Na esquerda, Bruma tirou um adversário do caminho e cruzou rasteiro para o argentino, no miolo da área, desviar para as redes com um vistoso toque de calcanhar.
Com pouca agressividade e grande permeabilidade no meio-campo, o Nacional pouco reagiu à desvantagem e deixou a formação da casa ir dominando a partida. Com cinco jogadores oriundos da formação na equipa titular, os lisboetas confirmaram que estão a atravessar o melhor momento da temporada, com uma confiança que não foi abalada pela derrota no derby.
Mesmo sem imprimirem grande ritmo ao encontro, os “leões” foram construindo lances de perigo junto da baliza de Gottardi, com Adrien e Capel em destaque. O argentino esteve mesmo muito perto de bisar no encontro, aos 24’, valendo a base do poste esquerdo da baliza do Nacional para travar um remate rasteiro, fraco, mas bem colocado.
Mas o melhor da partida estava guardado para o segundo tempo. O Nacional regressou para o reatamento determinado a dar outra réplica e o jogo ganhou toda uma nova dimensão. Com lances de perigo divididos nas duas áreas, os insulares assustavam mais e, aos 61’, Rondon falhou por centímetros a baliza de Rui Patrício. Foi o primeiro de uma série de cruzamentos de Candeias, a partir da esquerda, que invariavelmente faziam tremer a defesa sportinguista.
Face à pontaria pouco afinada dos seus companheiros, seria o próprio Candeias a conseguir o empate, aos 74’. Uma bola perdida de Bruma, junto à linha final, foi transformada num cruzamento por Mateus, com o seu companheiro a fuzilar, de primeira, a baliza dos lisboetas. Um golo que calou os 30 mil adeptos nas bancadas.
Já com Schaars (que rendeu Adrien), Labyad (André Martins) e Viola (Miguel Lopes) em campo, o Sporting conseguiu voltar a acelerar e a empurrar o Nacional para a sua área. Aos 80’, duas grandes defesas de Gottardi impediram, na mesma jogada, golos a Wolfswinkel (no seu primeiro e único remate à baliza neste encontro) e Bruma, nas melhores oportunidades da equipa da casa no segundo tempo.
O jovem extremo acabaria por se redimir do erro que permitiu o empate aos insulares, quando, aos 86’, na sequência de um canto, cruzou para a cabeça de Marcos Rojo. O argentino desviou para o poste mais distante com eficácia.
A festa “leonina” voltou a fazer-se nos derradeiros instantes. No calendário sportinguista, restam agora Paços de Ferreira (fora), Olhanense (casa) e Beira-Mar (fora) para a equipa confirmar que esta fase final da temporada é de redenção.