Grande Porto ainda é a zona do país com mais edifícios degradados: quase 13 mil
No país, existiam 59.155 edifícios devolutos em 2011, um decréscimo de quase 40% em relação a 2001.
De acordo com estes dados – divulgados poucos dias depois de ter decorrido, no Porto, a Semana da Reabilitação Urbana – o Grande Porto tinha 12.766 edifícios “com necessidade de grandes reparações ou muito degradados” em 2011. A maior parte deles estavam no Porto (3055), Vila Nova de Gaia (2919) e Matosinhos (1672), três municípios que juntos têm cerca de 60% dos edifícios em mau estado naquela zona. Lisboa foi o município do país com mais prédios em mau estado de conservação: 3892.
Apesar de o Grande Porto continuar a ser a zona do país com mais casas degradadas, entre 2001 e 2011 esse número diminuiu 51,1%, o que se traduz em menos 13.576 edifícios em mau estado. Em 2011, o último ano analisado, a região tinha cerca de 4,7% do total de edifícios com necessidade de grandes reparações ou muito degradados, sendo que em 2001 o peso de prédios nessas condições neste conjunto de concelhos era de 9,9% (26.342 edifícios).
Verificou-se, em todo o país, um decréscimo considerável de edifícios em mau estado nos dez anos que passaram entre os dois inquéritos. Segundo o relatório do INE, eram 59.155 os prédios muito degradados em todo o território nacional em 2011, uma diminuição de 36% face a 2001, enquanto que os prédios que precisam de grandes reparações registaram uma descida de mais de 40% nesse período de tempo.
Para além disso, o número de edifícios sem necessidade de reparação aumentou 34,8%, passando de 1,8 para 2,5 milhões de edifícios.
Açores e Madeira com ritmos opostos
Analisando a evolução do número de edifícios com necessidade de grandes reparações ou muito degradados entre 2001 e 2011, verificou-se que todas as regiões registaram variações negativas, evidenciando uma “melhoria global do estado de conservação do edificado” em Portugal.
A região com a maior variação foi a Região Autónoma dos Açores, com -58,6% de edifícios com necessidade de grandes reparações ou muito degradados. Pelo contrário, a Região Autónoma da Madeira foi a que registou a menor variação de prédios degradados entre 2001 e 2011 (-16,4%).