Miguel Gonçalves, a tribo e a poluição cognitiva

O Miguel é adorado por uma tribo, caro leitor. Se não gosta desse facto é você quem tem de se mudar. Porque claramente não é para si que ele está a falar

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Enric Vives-Rubio

Pelas reacções negativas dos últimos dias, afinal existem mais Professores Bambos em Portugal do que era suposto. Sabem tudo sobre todos e não se mostram tímidos quanto a previsões. Por acaso já conhecem as ideias do Miguel Gonçalves?

 

Sempre ouvi conversas sobre os boys e os toys das jotinhas e quando aparece alguém que nada tem a ver com a vara que por lá passeia, o que é que acontece? Atiram-no abaixo.

O Miguel Gonçalves tem uma legião de consumidores do seu produto; é uma inspiração porque continua a não ficar de braços cruzados.

Os iluminados ficaram todos muito revoltados pelo Miguel dizer que não percebia nada de política. Alguém me explique, por favor, para o caso, o que é que perceber de política interessa? Ah... porque influencia os jovens a não serem participantes activos na vida política. Mas por outro lado, não inspira os jovens a serem participantes activos da vida deles, não é?

Não deu crédito a uma comunicação social que tresanda e muito menos se preocupa com discursos só para parecer bem! Brilhante!

O convite ao Miguel é óbvio: não apenas pela quantidade de experiência que tem como também pelas capacidades únicas que podem ajudar o programa a crescer.

Quanto às universidades e ao facto do Miguel estar a desenvolver um trabalho que já não é novo, eu questiono! Será que não? Será que se não fosse novo e os estudantes sentissem apoio da universidade, será que necessitavam tanto de o ouvir?

Não diz nada de novo? Pois não, diz o que resulta! Já pensaram que todos nós repetimos sempre os processos que sabemos que funcionam. Ou existe, por aí, alguma alma que todos os dias descobre uma fórmula super-inovadora de concretizar o seu trabalho?

As palavras em inglês… em Portugal ninguém utiliza diariamente palavras como "software", e-mail, hambúrguer, "self-service", "ranking", "hacker", "baby-sitter", "download", surf, pois não?! Não aprendemos inglês nas escolas, nem vemos os filmes em inglês, nem lemos livros em inglês... nada disso!

A motivação e o discurso centrado no individual não é um negócio credível? A sério? Não sei como é que Hollywood ou melhor, o Harry Potter e os ensinamentos de tantas personagens continuam a ter tanto sucesso.

Qual é o trabalho dele? É mudar tudo. É desafiar o conforto de uma geração que atravessa graves dificuldades em encontrar uma profissão. Não é mudar os grandes. É inspirar quem tem uma paixão e que se interessa pelo trabalho que desenvolve em vez de estar a trabalhar para quem não gosta e constantemente queixar-se disso.

Ele não inventou os sonhos nem obriga ninguém a sonhar. Ele simplesmente encontra-se com pessoas com sonhos e inspira-as para que elas não desistam.

Por que é que eu gosto tanto do Miguel? Pela troca de ideias e conselhos, pelo seu discernimento e visão. Porque apesar de estar no centro das atenções, quando falar com ele, vai sentir que ele é exactamente como você. Sem "bull shiitake"! O Miguel é um líder com uma capacidade enorme de se adaptar às mais diferentes situações, com um estilo de pensar e executar como poucos têm, uma imaginação de fazer inveja, olha nos olhos, e já fez a diferença na vida de muitas pessoas.

É o seu carácter e o olho para o negócio que converteu os seus seguidores numa causa comum. O Miguel é adorado por uma tribo, caro leitor. Se não gosta desse facto é você quem tem de se mudar. Porque claramente não é para si que ele está a falar! O Miguel é tudo sobre negócios e formas inteligentes de o gerar e veio para ficar. Se não gosta, temos pena! "Get over it"!

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