Mais de oito mil crianças e jovens estavam em instituições em 2012
Relatório anual da Segurança Social indica que em 47,6% dos casos as crianças e jovens regressaram à família nuclear.
De acordo com o Relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens a que a Lusa teve acesso, 6.268 iniciaram o acolhimento em anos anteriores.
Um total de 2.289 crianças e jovens iniciou o acolhimento em 2012, mais 177 que em 2011, o que representa um aumento de entradas de 7,7 % no sistema de acolhimento.
O relatório indica que o número global de crianças institucionalizadas em Portugal diminuiu 4,3% em relação a 2011, ano em que estavam 8.938 a cargo do Estado.
O número de crianças e jovens que entraram no sistema de acolhimento foi inferior ao número dos que saíram do sistema. Em 2012 deixaram de estar institucionalizadas 2.590 crianças e jovens dos quais 872 cessaram o acolhimento no mesmo ano em que o iniciaram.
Das crianças que estiveram em situação de acolhimento menos de um ano 49 % têm até 11 anos de idade.
Ainda segundo o relatório, em 47,6% dos casos as crianças e jovens regressaram à família nuclear, 17% foram integrados em família candidata à adopção, 16% teve reintegração junto de outros familiares, 7,1% foi viver sozinho e quatro por cento teve integração em agregado familiar considerado idóneo.
Numa análise comparada dos anos 2006 a 2012, o relatório revela uma diminuição de 30,1% do número de crianças e jovens em situação de acolhimento. Em 2006 estavam em instituições de acolhimento 12.245 crianças e jovens, em 2007 o número desceu para os 11.362, em 2008 para 9.956, em 2009 para 9.563, em 2010 para 9.136, em 2011 para 8.938 e em 2012 para 8557.