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Banco Central de Chipre levanta as restrições aos cartões de crédito e débito

A decisão foi anunciada no mesmo dia em que o Presidente Anastasiades garantiu que o Chipre não tenciona sair do euro.

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Nicos Anastasiades não quer "fazer experiências com o futuro do país" Bogdan Cristel/Reuters

“Não temos intenção de sair do euro”, afirmou Anastasiades, segundo a agência noticiosa CNA, numa conferência anual de funcionários públicos, em Nicósia. “De maneira alguma vamos fazer experiências com o futuro do país”, frisou.

O Presidente diz que foi evitado “o risco de bancarrota” e que “a situação está controlada”. Mas acusou os outros países da eurozona de “exigências sem precedentes que forçaram Chipre a tornar-se uma experiência”.

Chipre foi o primeiro país da zona euro onde, como condição para o empréstimo de 10 mil milhões de euros, foram impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional restrições à circulação de capitais e limites aos levantamentos e transferências. Os clientes do Banco de Chipre e do banco Laiki com depósitos superiores a 100 mil euros perdem montantes que nalguns casos podem chegar aos 50%.

A declaração do Presidente foi feita um dia depois de, na quinta-feira, os bancos terem reaberto na ilha do Mediterrâneo, após um encerramento de quase duas semanas. Nesta sexta-feira, os bancos estão a trabalhar com aparente normalidade e não há informações sobre filas de clientes à espera para fazerem levantamentos.

<_o3a_p>A saída imediata de Chipre da moeda única já foi defendida, por exemplo, pelo Prémio Nobel da Economia Paul Krugman.                                                                                                                                                                                      
Entretanto, o banco central de Chipre levantou nesta sexta-feira todas as restrições aos cartões de crédito e de débito domésticos, que tinham sido impostas num contexto de temores de corrida aos bancos após o anúncio do resgate europeu à ilha mediterrânica.

O banco central cipriota emitiu um novo decreto sobre os controlos de capitais, alterando as restrições que foram publicados na quarta-feira a proibir todos os pagamentos e transferências acima dos 5000 euros, que não tivessem sido permitidas pelas autoridades.

 
 
 
 

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