Corte nos depósitos cipriotas pode chegar a 40%

Ministro das Finanças de Chipre afirmou nesta terça-feira que o corte previsto no plano de resgate acordado com a troika será superior aos 30% anunciados anteriormente.

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Bancos de Chipre só deverão abrir as portas na quinta-feira Nuno Ferreira Santos

“O que vi sugere que o número ronde esse valor”, afirmou, acrescentando, ainda assim, que o Governo “não quer antecipar” por agora qual será o corte definitivo a aplicar aos depósitos, noticiou a Reuters. Na segunda-feira, o ministro das Finanças tinha afirmado que, no caso do Banco de Chipre (a maior instituição financeira do país), o corte seria de 30%.

Os 40% agora referidos por Michael Sarris são muito superioresà taxa de 9,9% prevista na versão inicial do plano, que foi depois chumbada pelo Parlamento cipriota. No entanto, essa versão alargava a medida a todos os depositantes, prevendo uma taxa de 6,7% para os depósitos inferiores a 100 mil euros.

De acordo com o plano de resgate do país, que ficou concluído na madrugada de segunda-feira, serão afectados os depositantes do Banco de Chipre e do banco Laiki, a segunda maior instituição financeira. Mas o corte vai estender-se também aos accionistas.

O Laiki será desmantelado, estimando-se que a medida represente 4200 dos 7000 milhões que os bancos vão ter de gerar para escapar à falência. Os depósitos inferiores a 100 mil euros vão ser transferidos, a par dos activos “sãos”, para o Banco de Chipre, que será reestruturado com o objectivo de construir um núcleo duro de capitais próprios de 9% dos activos totais.

Onze dias depois do encerramento forçado dos bancos em Chipre, espera-se agora que as instituições financeiras reabram as portas na quinta-feira. Neste momento, os levantamentos estão limitados a 120 euros por dia, quando inicialmente o tecto máximo era de 260 euros.

Citado pela AFP, o ministro das Finanças cipriota disse "acreditar" que os bancos vão reabrir na quinta-feira, depois de esse passo ter estado agendado para esta terça-feira. "Estamos a confrontar-nos com uma situação sem precedentes", afirmou, acrescentando que "haverá uma reunião com os bancos dentro de uma hora para perceber o que consideram adequado fazer".

Corrigida às 12h55. "Os levantamentos estão limitados a 120 euros por dia" e não "os depósitos", como, por lapso, estava escrito
 
 
 

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