Instituto de Odivelas encerra em dois anos

Escolas militares passam de três para duas. Colégio Militar passa a ser misto e Pupilos vão ser vocacionados para o ensino técnico-profissional.

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A agressão ocorreu depois do período normal de aulas Daniel Rocha

O Instituto de Odivelas – escola militar actualmente exclusiva para o sexo feminino - deverá encerrar entre 2014 e 2015 no seguimento da opção de “integrar” as alunas e corpo docente na estrutura e infra-estrutura do Colégio Militar (CM) – escola militar exclusiva para o sexo masculino. A opção garante, segundo o governante, a “integração de género com a sua matriz militar identitária, deixando o internato à escolha por parte das famílias”. O futuro Colégio Militar passará a ser, assim, uma escola mista, com a possibilidade de opção entre regime de externato e internato tanto para os alunos como para as alunas. Ficou ainda definido que, já no próximo ano lectivo, arrancará o primeiro ciclo no CM, como já fora ponderado nos últimos anos.

Quanto ao Instituto dos Pupilos do Exército (IPE), será reconfigurado por forma a tornar-se numa escola de maior pendor técnico-profissional. Segundo o Chefe de Estado Maior do Exército, general Pina Monteiro, os cursos a ministrar no novo IPE serão definidos de acordo com as valências técnicas adequadas às necessidades dos três ramos das Forças Armadas. Ou seja, cursos de mecânica, electrónica e comunicações.

Ainda segundo o secretário de Estado, não ficaram definidos números para a reforma. Braga Lino não quis apontar a previsão de poupança com a integração do Instituto de Odivelas no CM, mas assegurou que “não haverá despedimentos” entre o corpo docente e não docente das duas escolas.

O que já ficou definido foi a criação da figura do “coordenador pedagógico” para pensar e fixar o tipo de ensino a ministrar nos futuros estabelecimentos. E que se vai construir “de raiz” uma infra-estrutura nas instalações da Luz para acomodar as alunas que optem pelo regime de internato. Essa é a principal razão para que Odivelas encerre só daqui a dois anos.

O grupo de trabalho actualmente presidido por Jaoquim Azevedo está encarregue de estudar a aplicação das directivas políticas enunciadas. Nomeadamente, as mensalidades a pagar no futuro e se haverá diferença nessas mensalidades entre filhos de militares e de civis. Braga Lino garantiu ainda que para o próximo ano as mensalidades se vão manter em linha com as actuais.

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