Papa quer “intensificar o diálogo com o Islão” e os não-crentes

Novo líder católico apresentou como prioridade do seu pontificado a luta contra a pobreza, tanto material como espiritual.

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Papa com líderes de outras religiões, na quarta-feira Reuters

“É importante intensificar o diálogo entre as diferentes religiões, penso sobretudo no diálogo com o Islão” e também em “intensificar o encontro com os não-crentes”, disse no Vaticano, no seu primeiro discurso aos representantes diplomáticos de 180 países.

O líder católico apresentou como prioridade do seu pontificado a luta contra a pobreza, tanto material como espiritual. “Ainda há muitos pobres no mundo”, disse, antes de acrescentar: “Há também uma outra pobreza: a pobreza espiritual dos nossos dias que afecta gravemente os países considerados mais ricos”.

É preciso “lutar contra a pobreza material e espiritual”, sublinhou.

Na quarta-feira, num encontro com líderes de Igrejas cristãs não católicas (ortodoxos, anglicanos, luteranos e metodistas), mas também com judeus, muçulmanos, budistas e hindus, o novo Papa  apelou às outras religiões, e aos que que não pertencem a qualquer Igreja, para se unirem na defesa da justiça, da paz e do ambiente, e para não permitirem que o valor de uma pessoa seja reduzido “ao que essa pessoa produz e consome”.

Francisco afirmou nessa altura que os membros de todas as religiões e mesmo os não-crentes têm de reconhecer a sua responsabilidade conjunta “para com o nosso mundo, para com toda a criação, que temos que amar e proteger”. O Papa pediu a todos para lutarem contra “uma visão unidimensional da pessoa humana, segundo a qual um homem é reduzido àquilo que produz e àquilo que consome”, e que considera ser “uma das armadilhas mais perigosas do nosso tempo”.

Quinta-feira, por ocasião da entronização de Justin Welby como arcebispo de Cantuária e líder espiritual da Igreja Anglicana, o Papa Francisco enviou uma mensagem de felicitações a Welby e manifestou vontade de se reunir com o arcebispo da Cantuária com o objectivo de manter as "relações fraternas" mantidas com os antecessores de ambos.

 

 

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