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Dívida directa do Estado supera os 200 mil milhões de euros em Fevereiro

Os Certificados de Aforro registaram um aumento líquido no saldo global de 11 milhões de euros.

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João Moreira Rato, presidente do IGCP Miguel Manso

No seu boletim mensal publicado esta segunda-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) diz que a dívida directa do Estado terá atingido em Fevereiro o valor de 200.194 milhões de euros. A dívida directa do Estado é a dívida não-consolidada para efeitos de contabilidade nacional, ou seja, incluindo toda a dívida emitida pelo Estado, até a que está nas mãos de entidades públicas e que normalmente são retiradas na contabilização feita por Bruxelas e pelas autoridades estatísticas.

O IGCP diz ainda que Portugal só deverá receber a próxima tranche do empréstimo em Maio próximo, na sequência da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira pela troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), que ficou conhecida na sexta-feira em conferência de imprensa dada pelo Ministério das Finanças.

O desembolso de 2000 milhões de euros (1300 milhões de euros e 700 milhões de euros do FMI) está dependente, como habitualmente, da aprovação da avaliação pelo Ecofin, pelo Eurogrupo e pelo conselho de administração do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No mês de Fevereiro, os fluxos registados nos instrumentos de investimento dos particulares em dívida do Estado ficaram praticamente inalterados face a meses anteriores. Os Certificados de Aforro registaram um aumento líquido no saldo global de 11 milhões de euros, para um total de 9695 milhões de euros, enquanto os Certificados do Tesouro, cujas novas subscrições estão suspensas, acabaram por perder três milhões de euros em Fevereiro.