Li , 57 anos, teve 99,69% dos votos dos cerca de 3000 delegados da Assembleia Nacional Popular – quase o mesmo resultado que os 99,86% obtidos na quinta-feira pelo novo Presidente,  Xi Jinping, 59 anos. Fica concluído o período de transição iniciado na China em Novembro de 2012.

As escolhas de liderança para os próximos dez anos, ratificadas na sessão anual da Assembleia, estavam decididas há meses, desde o 18.º Congresso do partido. O Comité Permanente do bureau político do partido, composto por sete dirigentes, é o verdadeiro poder na China.

O novo chefe do Governo é descrito pela AFP como um tecnocrata afável, prudente, de sorriso fácil, competente e conhecedor dos meandros económicos, que fala inglês fluente.  Mas é também considerado pouco carismático. Sucede a Wen Jiabao, que trabalhou com Hu Jintao, o Presidente com quem fez equipa na última década.

Nascido na província de Anhui, no centro, tal como Hu Jintao, anterior líder do partido e seu mentor, Li faz parte – tal como Xi Jinping – de uma geração de “jovens instruídos” enviados para o campo, na Revolução Cultural. Dirigiu a grande província industrial de Liaoning, no nordeste, a região pobre de Henan, no centro, e a Liga da Juventude Comunista.

A missão de Li Keqiang passa por reorientar a economia para um modelo mais virado para o consumo interno do que para a exportação e para as grandes infra-estruturas a que foi dada prioridade nas últimas décadas. Os últimos dez anos foram marcados por um crescimento económico médio de 10%, que, no entanto, no ano passado, caiu para menos de 8%

Li tem como “programa” combater o crescente fosso entre ricos e pobres e promover e um fomentar um desenvolvimento que tenha em conta preocupações ambientais. No fim-de-semana passada foi anunciado uma reestruturação da administração para melhor a eficácia e combater a burocracia e a corrupção.

O novo primeiro-ministro deve dar a sua primeira grande conferência de imprensa no domingo, no encerramento da sessão parlamentar.