A nova guerra das consolas: Playstation 4

Grande parte dos títulos apresentados são multiplataforma, alguns até serão para a geração anterior (como seria de esperar), e nalguns casos, como da Square-Enix, foi mostrado um vídeo do ano anterior(!)

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Com o advento desta geração de consolas era só uma questão de tempo até a Sony anunciar em definitivo o seu novo sistema. E recentemente, surgiu a confirmação. Com a mudança dos paradigmas na geração anterior esperava-se um novo discurso por parte da Sony, algo que fugisse a regra: "Olhem a nova geração, temos 'hardware' poderoso e gráficos mais reais que a realidade".

Mas, não foi o que aconteceu. O principal foco ainda está nesses aspectos.

Dúvidas, muitas dúvidas

Os mais atentos dentro da indústria sabem que a Sony "joga sujo" na apresentação dos seus sistemas. Todas as suas consolas domésticas nas respectivas conferências apresentaram sempre vídeos com capacidades gráficas fora das verdadeiras potencialidades. Será a PS4 igual? Por enquanto, é melhor concentrarmo-nos no resto.

Quando mostraram algumas características do sistema, uma das mais interessantes foi a possibilidade de suspender o jogo com um simples premir da tecla off. Uma boa adição sem dúvida. Outro ponto forte é o comando, embora a implementação de um touch-screen deixe algumas dúvidas. Afinal, o que isto poderá trazer de inovador? Não ouvimos nada nesse sentido. No mesmo periférico seguindo a lógica social entretanto apresentada foi anunciado um botão de share. Podemos então partilhar o nosso gameplay com a comunidade, tanto ao vivo, como para a posteridade. Mas e o resto? Para onde vai o ficheiro? Directamente para a Sony? A empresa pode colocar anúncios por cima do nosso conteúdo? Não vai dar para editar? E se der, temos de ter um disco externo?

Também foi anunciado um modo de "spectate", que é na teoria, interessante. Na prática sabemos que ninguém gosta de ser criticado na sua forma de jogar, e aposto que a tal "ajuda do espectador", não seja muito útil e talvez funcione ao contrário. Finalmente e este é o mais importante. O suporte. Onde está a EA? Porque é que ninguém esteve muito a vontade para adiantar exclusivos? Grande parte dos títulos apresentados são multiplataforma, alguns até serão para a geração anterior (como seria de esperar), e nalguns casos, como da Square-Enix, foi mostrado um vídeo do ano anterior(!).

A Blizzard, foi marcar presença, afirmando "temos planos para o Diablo III". E mais nada. Salvaram-se as intervenções de Mark Cerny com o puzzle-plataform The Knack; mais pormenores sobre o Watch Dogs, Killzone:Shadow Fall e o Driveclub. Nas 3rd party, a Capcom promete com Deep Down, e a Bungie anunciou o seu novo IP, Destiny. E claro, uma piscadela de olho aos indie através de Jonatham Blow, que apresentou The Witness. Por fim, suporte ao Move foi apresentado, embora não tenha causado grande impacto. Talvez o mais curioso nisto tudo tenha sido as várias referências à Mega Drive. Cerny mencionou Blast Processing, e outros protagonistas fizeram questão de recordar a sua relação com projectos dessa mítica consola, como Sonic e Earthworm Jim.

Na E3 há mais

Muitas dúvidas ficaram na conferência, as quais esperamos obter respostas na E3 deste ano. No geral foi decente, não desiludiram, mas também pouco inovaram. Não mostraram igualmente a estrutura da consola, mas, sejamos sinceros, já todos sabemos o que é. Uma caixa preta com o logótipo da PS4 e um preço acima dos $350.

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