Conclave para escolher sucessor de Ratzinger começa na terça-feira
Novo Papa vai assumir as rédeas de uma Igreja atormentada por “individualismos” e “pecados".
Coube ao porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, anunciar o resultado da votação feita pelos cardeais reunidos desde segunda-feira nas Congregações Gerais, um pré-conclave que serve para garantir a administração dos assuntos da Igreja em período de sede vacante e para preparar o encontro em que o novo Papa será eleito.
As Congregações vão continuar ainda por alguns dias em Roma, esperando-se novos encontros para sábado e ainda para segunda-feira. Na terça, os cardeais mudam de cenário, transferindo-se para novos aposentos, mais próximos da Capela Sistina, onde decorrem as votações.
Para a manhã de dia 12 está marcada a missa que antecipa a eleição – da parte da tarde será feita a primeira votação.
A partir daí, tudo depende da contagem dos votos e do eventual consenso que estes debates pré-conclave tenham podido começar a construir em torno de um dos nomes.
Os cardeais farão votações sucessivas até que um deles obtenha uma maioria de dois terços, 77 votos. Então, sairá fumo branco da chaminé, ainda a ser montada no Vaticano, e os 1200 milhões de católicos poderão ver o rosto do novo sumo pontífice.
Um Papa com desafios únicos e que vai assumir as rédeas de uma Igreja atormentada por “individualismos” e “pecados”, num momento de crise de fé, um peso que Ratzinger sentia não poder mais carregar, como explicou em todas as intervenções públicas desde a renúncia, inédita em 600 anos.