FC Porto resolveu cedo o jogo com o Estoril e regressou aos triunfos no campeonato
Os "dragões" venceram em casa, por 2-0, na abertura da 22.ª jornada da Liga e voltam a pressionar o Benfica.
O clube da Linha, desta vez, não conseguiu criar as mesmas dificuldades aos portistas nem bater Helton, como o tinha feito nos dois duelos anteriores esta temporada. De resto, o início da partida foi bem diferente do que o desses embates. Se na primeira volta o FC Porto sofreu cedo e só assegurou a reviravolta na segunda parte, e se na Taça da Liga também se viu rapidamente em desvantagem e só conseguiu salvar-se da derrota nos últimos minutos, esta sexta-feira não teve de recuperar no marcador. Aos 4’, James Rodríguez apontou um canto para a cabeça de Maicon e este abriu o activo.
O colombiano já não era titular desde que se lesionou com o Nacional (13.ª jornada) e aproveitou a “promoção” para fazer a sétima assistência na Liga, a segunda para alguém que não se chama Jackson. A titularidade de James significou a saída de Varela (Izmailov também saiu para dar lugar a Christian Atsu) e essa mudança fez o FC Porto apresentar de início uma equipa 100% estrangeira — os dois candidatos ao título da Liga portuguesa apresentaram um “onze” sem portugueses em cada um dos seus últimos jogos na prova.
Pouco tempo depois, os “azuis e brancos” voltaram a festejar, depois de o árbitro assinalar uma mão de Mano dentro da área. Jackson, embalado pelas palmas das bancadas — os adeptos ainda não esqueceram o “Panenka” contra o Rio Ave —, não falhou. Foi novidade Steven Vitória, o defesa-central goleador do Estoril, não ter inaugurado o marcador — e também não ter marcado —, mas Jackson é que voltou a marcar aos “canarinhos”, tal como nas duas ocasiões anteriores. O colombiano fez o seu 23.º golo na Liga ao 22.º jogo.
Com este resultado, o FC Porto baixou o ritmo, na mesma proporção em que os visitantes tentaram jogar na direcção da baliza adversária (mas sem criarem perigo). Também Marco Silva surpreendeu, ao deixar Luís Leal no banco de início. Licá deu trabalho aos centrais portistas na primeira metade, mas precisou de um passe arriscado de Otamendi para incomodar Helton, que salvou a asneira do argentino. E o jogo poucas vezes deixou de ser desinteressante depois disso, com a bola a andar longe das balizas de Helton e Vagner. A melhor hipótese para o clube da Linha reduzir aconteceu num livre directo de Carlos Eduardo, aos 38’.
Na segunda parte, só os suplentes Castro e Gerso conseguiram dar alguma emoção ao jogo, mas, com os jogadores de ambos os lados a não conseguirem ganhar a linha para criar perigo, o resultado estava feito há muito.