Depois da decepção Willis do último Die Hard, a decepção Schwarzenegger do Último Desafio. Podem desdenhar, mas ainda ninguém apareceu com uma melhor ideia para filmar os velhos heróis de acção do que Stallone nos seus Expendables, onde aliás Schwarzenegger fazia uma perninha de guest star, a antecipar o regresso em pleno neste filme de Kim Ji-Woon, o primeiro que o coreano realizador de Eu Vi o Diabo (que não era mau) dirige em Hollywood. Kim filma como um recém-chegado desejo de se aculturar, e para ele (ao contrário de Stallone) parece que está tudo fresco, o action movie e o próprio Schwarzenegger. Dá mau resultado porque acumula clichés como se fossem a última novidade, e se há alguma distância, alguma ironia, no olhar sobre as fórmulas típicas do genéro ela escapa-se inapelavelmente. Por outro lado, Schwarzenegger aparece como se não tivesse passado os últimos anos da carreira “pré-Governador” a desmontar, com Cameron e sobretudo McTiernan (esse magnífico O Ùltimo Grande Herói), a sua figura e o esteréotipo das suas personagens. Também ele acha que se pode estalar os dedos e de repente é 1984 outra vez. Não pode. O Último Desafio é uma estopada, e guardamos as fichas todas para apostar no Bullet in the Head de Walter Hill, que vem aí.
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