Dia de eleições no Quénia marcado por violência
Pelo menos 15 pessoas morreram num ataque de gang armado com machetes na madrugada desta segunda-feira, marcando um início de dia de eleições tenso.
Esta eleição presidencial é considerada a mais complicada e difícil votação dos 50 anos de história do país. <_o3a_p>
Entre os candidatos estão um dirigente procurado pelo Tribunal Penal Internacional, Uhuru Kenyatta (acusado justamente por ter orquestrado a violência pós-eleitoral), e Raila Odingga, actual primeiro-ministro, cujo pai foi o primeiro-vice-presidente do país. Kenyatta tem, segundo as previsões, uma magra vantagem sobre Odingga. E já prometeu que se vencer irá colaborar com as investigações do TPI para "limpar o nome".
Os cidadãos votam ainda para um novo Parlamento, governadores e outros responsáveis. Com um nome mais reconhecido internacionalmente há outro candidato, mas a governador: Malik Obama, meio-irmão do Presidente norte-americano, Barack Obama. A mensagem de Malik era, aliás, a mesma do meio-irmão nos EUA: mudança. Malik defende a erradicação da pobreza, o desenvolvimento de infra-estruturas e a industrialização.
A participação previa-se alta, com muitas filas para votar a começarem às quatro da manhã, duas horas antes da abertura oficial das urnas.
O ataque em que morreram os polícias em Mombaça está a ser atribuído a um grupo separatista que quer um Estado na parte costeira do Quénia. O grupo já negou, entretanto, qualquer responsabilidade pela acção. Houve ainda outros dois ataques semelhantes, que não terão deixado vítimas, na mesma zona. A violência levou a que alguns observadores internacionais fossem retirados para os seus hotéis.<_o3a_p>
A serem confirmados, estes ataques parecem ter tido motivos diferentes dos que levaram à violência após as eleições de 2007, mais ligados às divisões étnicas.
Temendo a violência, conta a Reuters, muitas lojas optaram por não ter muita coisa em stock e algumas pessoas a viver em zonas tribais mistas regressaram temporariamente às suas terras de origem.