Dennis Rodman, o amigo americano da Coreia do Norte

O antigo basquetebolista norte-americano assistiu a um jogo ao lado de Kim Jong Un.

Kim e Rodman durante um jogo em Pyongyang
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Kim e Rodman durante um jogo em Pyongyang Jason Mojica/VICE
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Kim e Rodman durante um jogo em Pyongyang Jason Mojica/VICE
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Rodman na chegada a Pyongyang Reuters/KCNA
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Jimmy Carter visitou Kim Il Sung em 1994 Reuters
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Bill Clinton encontrou-se com Kim Jong Il em 2009 AFP/KNCA

Rodman, antigo jogador dos Detroit Pistons e dos Chicago Bulls, está no país eremita, tal como alguns jogadores dos Harlem Globetrotters, e assistiu a um jogo de basquetebol ao lado de Kim. Os dois assistiram a um jogo que misturou nas duas equipas jogadores norte-americanos e norte-coreanos e que terminou num empate (110-110).

Rodman, com uma lata de Coca-Cola à frente, usou óculos escuros e um chapéu e sentou-se à esquerda de Kim, que é tido como um fanático de basquetebol e que terá fotografias com vários jogadores da NBA dos tempos em que estudava num colégio suíço. Conversaram directamente um com o outro, sem precisarem de tradutores, e, segundo testemunhas citadas pela agência chinesa Xinhua, houve momentos de gargalhada. Segundo um porta-voz da delegação dos Globetrotters e da produtora de televisão VICE, Rodman disse a Kim que seria seu “amigo para toda a vida”.

Rodman, de 51 anos, chegou há dois dias a Pyongyang com alguns jogadores dos Globetrotters para filmar com a VICE um documentário para o canal HBO, isto numa altura em que as relações da Coreia do Norte com os EUA estão mais tensas do que nunca devido aos recentes testes com armas nucleares realizados pelos norte-coreanos. Até 5 de Março, Rodman e os Globetrotters andarão pelo país em sessões com crianças para os ensinar a jogar basquetebol.

À chegada, o sempre polémico basquetebolista conhecido como o “Verme” não quis falar do significado político da sua visita. “Vim em paz. Estou ansioso por me encontrar com Kim Jong Un e honrado por representar os EUA, mas não sou um político. Ele e os norte-coreanos são fãs de basquetebol. Eu gosto de toda a gente. Ponto final. Fim da história”, declarou Rodman.

A viagem de Rodman causou algum desconforto às autoridades norte-americanas, que admitiram nada poder fazer para o impedir. “Não impedimos cidadãos norte-americanos de ir à Coreia do Norte. Nesta sua viagem privada para ensinar basquetebol a crianças, nós, simplesmente, não vamos tomar posição sobre o assunto”, declarou Patrick Ventrell, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

Se os efeitos desta “diplomacia do basquetebol” ainda estão por apurar, Rodman já se meteu em “apuros” por causa do seu fraco conhecimento de geografia. Na sua conta de Twitter, Rodman mostrava-se entusiasmado por ir conhecer Psy, o autor do fenómeno Gangnam Style. Mas há uma falha no raciocínio de Rodman. Psy é do outro lado da península coreana. Psy respondeu de imediato, também no Twitter: “Meu, sou do Sul!”
 
 

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