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Há cartazes amarelos nas janelas de Lisboa: "Obrigado, Bento XVI"

Um grupo de católicos juntou-se e criou um cartaz. O patriarcado deu a sua bênção. Cerca de 400 mil cartazes foram distribuídos na diocese de Lisboa.

Cartaz do Papa com a cor do Vaticano, o amarelo
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Cartaz do Papa com a cor do Vaticano, o amarelo DR
Cartaz do Papa em Fátima, quando da visita a Portugal em 2010
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Cartaz do Papa em Fátima, aquando da visita a Portugal, em 2010 DR

Em algumas janelas dos prédios de Lisboa e nas portas das igrejas, podem ver-se os cartazes com fundo amarelo, a cor do Vaticano, e uma imagem do Sumo Pontífice a acenar. As palavras "Obrigado, Bento XVI" e a data de quinta-feira, dia em que o Papa sai de cena, completam o cartaz. Mas há outro, o do Papa a depositar a Rosa de Ouro – uma condecoração que, há séculos, a Santa Sé oferece aos monarcas, governos, personalidades ou igrejas, como sinal de reverência – aos pés de Nossa Senhora de Fátima, aquando da visita a Portugal, em 2010.

A ideia pela qual Francisco Noronha de Andrade – um economista que pertence à Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima, um organismo de voluntários que presta serviço no santuário de Fátima – dá a cara tomou corpo graças ao financiamento de outros voluntários, que se disponibilizaram a pagar a impressão dos cartazes. "É um gesto espontâneo dos leigos. É destes gestos que vive a Igreja", defende Noronha de Andrade ao PÚBLICO.

O apoio do patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, também foi importante, porque aprovou esta iniciativa e enviou uma carta às paróquias da diocese para que aderissem a este movimento, informa Noronha de Andrade. O convite aos católicos foi para que pusessem o cartaz à janela, e alguns têm-no feito.

O objectivo desta acção é simples, diz Noronha de Andrade: agradecer ao Santo Padre. "É um gesto de reconhecimento", diz ao PÚBLICO. O leigo confessa que, quando Bento XVI foi eleito, se questionou sobre como seria o seu papado, mas, "nestes anos, [o Papa] conseguiu dar fortaleza, legitimidade e confiança à Igreja". Portanto, os católicos só têm a agradecer-lhe.

"Há gestos que são protocolares e outros que são vividos com o coração", reflecte. Os cartazes são um gesto do coração, conclui Noronha de Andrade.

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