Manifestação de dia 2 servirá para fazer “avaliação negativa à troika

Movimento organizador do protesto de sábado aproveitou a chegada da troika para defender que “os portugueses não são figurantes de um filme”.

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A 15 de Setembro milhares de pessoas saíram à rua Paulo Pimenta

No dia em que representantes da troika chegam a Portugal para realizar a sétima avaliação do memorando de entendimento, o movimento cívico decidiu fazer uma avaliação da presença da equipa em Portugal. “Antes, o desemprego cifrava-se em 12,7% e as expectativas menos pessimistas apontam para 17,9% no final de 2013”, afirmou João Gustavo, acrescentando que “a dívida pública estava nos 108% do PIB e aponta-se para 122% no final de 2013”.

O membro do grupo recorreu às estatísticas para demostrar que o movimento faz uma avaliação “negativa” da troika em Portugal, salientando que se trata de um “ciclo vicioso”. “Temos um Governo a governar de costas para o povo, subserviente a interesses da troika”, vincou.

O grupo organizador da manifestação do próximo sábado sustentou que “os portugueses vão sair à rua para mostrar que o povo é quem mais ordena”. Neste sentido, o movimento assegura que o desafio é “colocar um ponto final no ciclo vicioso”, já que “um relógio parado acerta mais nas horas que o ministro das Finanças acerta nas previsões económicas”.

“O convite que fazemos a todos os cidadãos que vivem e trabalham em Portugal é o de expressar no dia 2 de Março não só o seu descontentamento, mas também uma enorme vontade de parar este rumo e abrir um espaço para uma efectiva mudança que sirva os interesses do povo”, afirmou João Gustavo.

O movimento revelou ainda que a manifestação, que terá como local central a cidade de Lisboa, se irá realizar em mais de 40 cidades em Portugal e no estrangeiro. No final da conferência de imprensa, a PSP identificou Nuno Ramos de Almeida, um dos membros do Que se lixe a troika, e questionou qual tinha sido o assunto da conferência de imprensa à porta do aeroporto.
 
 
 
 

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