"A desigualdade tornou-se a marca do nosso tempo", critica Seguro
No conclave, subordinado ao tema “Economia mundial: a nossa visão do crescimento, emprego e desenvolvimento sustentável”, o secretário-geral do PS falou da situação do país.
“O Governo do meu país está a aplicar a receita do empobrecimento, do ajustamento sem preocupações sociais para destruir o Estado social”, disse Seguro. “Querem um Estado mínimo, onde cada pessoa seja entregue a si própria”, acusou.
“Dizem que o desemprego e a pobreza são inevitáveis, é uma receita que dizima a classe média, exclui os de menores rendimentos e cria uma classe de precários”, criticou. “Portugal assiste com dor a uma nova vaga de emigração de jovens portugueses, porque o país não é capaz de criar empregos”, explicou.
Feita a descrição, António José Seguro contrapôs a receita do que definiu como pensamento ultraliberal da visão progressista que partilha. “A resposta passa por um Estado social forte e sustentável que combata as desigualdades”, apontou. Porque, como sublinhou, “a desigualdade tornou-se a marca do nosso tempo.”
O combate, concluiu o secretário-geral do PS, desenvolve-se a três níveis. A nível global, “porque a política demitiu-se de conduzir o processo de globalização”. No patamar europeu, com a construção de uma Europa federal. No âmbito nacional, através do investimento, qualificação e uma exigência de liderança.