Irão diz que lançou macaco para o espaço

República Islâmica anuncia cumprimento de etapa no programa espacial, que prevê humanos em viagens espaciais até 2020.

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Imagens da Al-Alam TV mostram o macaco na cadeira em que viajou na cápsula espacial AFP/Al-Alam TV

A República Islâmica noticiou o avanço tecnológico como um prelúdio para uma viagem espacial que deverá incluir um ser humano, segundo os planos da agência espacial iraniana, até 2020.

O Irão já tinha enviado vários seres vivos para o espaço - em 2010, uma cápsula com um rato, duas tartarugas e alguns vermes. No ano seguinte, o envio de um macaco "falhou".

Os países ocidentais, sublinha o diário americano New York Times, encaram normalmente com cepticismo as notícias de avanços técnicos do Irão. Verdadeiras ou falsas, estas notícias fazem aumentar o temor que um programa de mísseis balísticos possa estar a ser preparado para levar armas nucleares.

Há um ano, nota o diário israelita Yediot Aharonot, o Irão lançou o seu primeiro satélite para a órbita terrestre, o que causou alarme por esta acção apontar para a capacidade do Irão disparar mísseis balísticos de longo alcance.

A agência iraniana Fars lembra, na sua notícia sobre a viagem espacial do macaco, que o Irão é um dos 24 membros fundadores do Comité das Nações Unidas para Utilização Pacífica do Espaço. Também sublinha que os avanços foram possíveis apesar das sanções a que o país está sujeito por causa do seu programa nuclear, que os países ocidentais temem que tenha objectivos militares (o que a República Islâmica nega).

A ideia de usar animais em viagens espaciais antes de lançar humanos vem dos anos 1950. Durante a Guerra Fria, na corrida ao espaço, a União Soviética foi a primeira a lançar um animal (a cadela Laika em 1957) e também um homem (Iuri Gagarin em 1961) para o espaço.

Mas foram os EUA a colocar o primeiro homem na lua, Neil Armstrong, em 1969.

 

 

 

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